Em matéria publicada nesta terça-feira, 13 de agosto, o jornal The Telegraph revelou um dado surpreendente sobre a guerra na Ucrânia: nos últimos oito meses, a Rússia conseguiu capturar apenas 994 km² de território ucraniano, em comparação aos 1.000 km² que a Ucrânia conquistou em apenas seis dias em Kursk, região no sul da Rússia.
A reviravolta no campo de batalha representa um duro golpe para o Kremlin, que vinha avançando lentamente no leste da Ucrânia. A rápida ofensiva ucraniana não apenas mudou a dinâmica da guerra, mas também expôs a fragilidade das linhas de defesa russas em algumas regiões.
A informação foi confirmada pelo principal general ucraniano, mas ainda não foi verificada de forma independente. No entanto, autoridades russas admitiram que os ucranianos controlam 28 assentamentos na região.
Uma conquista surpreendente
Segundo o principal general ucraniano, as forças de Kiev agora controlam cerca de 1.000 km² na região de Kursk. Essa conquista representa um contraste marcante com o lento avanço russo nos últimos meses. A análise do The Telegraph mostra que, enquanto a Rússia se esforçava para conquistar pequenas porções de território ucraniano, a Ucrânia conseguiu, em poucos dias, tomar uma área consideravelmente maior dentro do território russo.
Impacto da Operação em Kursk
A conquista de Kursk pela Ucrânia representa um importante desvio de atenção para as forças russas, que vinham avançando lentamente no leste da Ucrânia. A operação ucraniana também elevou o moral das tropas de Kiev, após meses de perdas no campo de batalha. Apesar dos avanços, ainda não está claro por quanto tempo a Ucrânia conseguirá manter o controle desse território recém-conquistado, especialmente com o envio de reforços russos para a região.
Reação de Moscou e futuro incerto
Em resposta à ofensiva ucraniana, Moscou já começou a enviar tropas adicionais para Kursk, com o objetivo de retomar o controle da área. O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu expulsar as forças ucranianas do solo russo. A cidade de Sudzha, importante por abrigar o último terminal de gás russo para a Europa, está quase cercada pelas forças de Kiev, aumentando a tensão na região.