O perigo potencial é o risco de 50 mm de chuva por dia, além de ventos que podem atingir até 60 km/h. O alerta foi emitido pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e abrange dezesseis áreas nos estados do Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Embora o alerta não indique risco de corte de energia, alagamento ou queda de árvores, o estado de São Paulo está com alerta amarelo para chuvas. Apesar de não haver previsão de rajadas de vento significativas e o risco de alagamento ser baixo, recomenda-se que a população tenha cautela ao usar aparelhos elétricos e fique atenta a possíveis alterações nas encostas.
Além disso, os constantes focos de incêndio em várias regiões do país levantaram preocupações sobre a possibilidade de ações criminosas coordenadas contra a gestão política atual. Segundo a CNN, a ação seria orquestrada à distância, com grupos determinando onde iniciar os incêndios. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram identificados mais de 10 mil focos somente em agosto. A suspeita é de que os grupos responsáveis estejam espalhados por várias localidades no Brasil, e as investigações ainda estão em andamento. Um incêndio de grande repercussão é o do Parque Nacional de Brasília, que já consumiu 700 hectares e forçou moradores a evacuarem suas residências.
Lista dos municípios que poderão ser afetados pelas fortes chuvas
A origem do incêndio ainda não foi divulgada e está sendo investigada pela Polícia Federal. O Distrito Federal está há 146 dias sem chuvas.
Confira a seguir:
São Paulo:
- São José do Rio Preto
- Campinas
- Ribeirão Preto
- Araraquara
- Vale do Paraíba
- Araçatuba
- Piracicaba
- Macro Metropolitana Paulista
- Bauru
Minas Gerais:
- Porções sul
- Sudoeste
- Triângulo Mineiro
- Alto Parnaíba
Rio de Janeiro:
- Região metropolitana do Rio de Janeiro
- Centro fluminense
- Sul fluminense
Centro-Oeste:
- Leste de Mato Grosso do Sul
- Itajá
Posicionamento do judiciário
Nesta segunda-feira, 16 de setembro, Luis Roberto Barroso cobrou um posicionamento do judiciário sobre as queimadas. Durante seu discurso, Barroso destacou que há informações indicando que os incêndios na Amazônia e no Pantanal são causados por ação humana. O ministro também mencionou ter recebido uma ligação do presidente Lula, que expressou preocupação com a situação e com a impunidade até o momento. Em resposta, o ministro do Supremo, Flávio Dino, tomou medidas para combater as chamas, incluindo a contratação emergencial de brigadistas e a emissão de créditos fora dos limites fiscais, cuja autorização já foi concedida ao Governo Federal.
Flávio Dino também acionou a Polícia Federal e mencionou o uso do Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal (Funapol) para priorizar ações e incentivos no combate às queimadas. É importante lembrar que o FUNAPOL tem como uma de suas funções a aquisição de equipamentos modernos e a capacitação contínua da Polícia Federal.
Especialistas preocupados
O efeito dos grandes incêndios e da fumaça tem causado grande preocupação entre especialistas de saúde, principalmente no que diz respeito a crianças e idosos, que são os principais grupos vulneráveis. O clima seco e a fumaça, que contém substâncias nocivas, têm provocado mal-estar generalizado. Entre as recomendações para minimizar os impactos da fumaça estão evitar deslocamentos para grandes distâncias, aumentar a ingestão de água e melhorar a ventilação nas casas. Além disso, a saúde pública deve ficar atenta ao aumento de problemas respiratórios e à possível piora em casos de pessoas já diagnosticadas com doenças respiratórias.