Nas últimas semanas, a Ucrânia intensificou o uso de novos drones interceptores FPV, resultando na derrubada de um número recorde de drones de reconhecimento russos. Em apenas um mês, a força ucraniana Wild Hornets divulgou vídeos mostrando 168 interceptações bem-sucedidas, superando o total do ano anterior. Sem muitas opções táticas, os operadores russos têm recorrido à camuflagem e até xingamentos em suas aeronaves abatidas. A informação foi divulgada pela Forbes.
A camuflagem aérea, prática que remonta à Primeira Guerra Mundial, voltou a ser uma estratégia para os drones russos. Modelos como o Zala foram vistos com padrões verdes e marrons, projetados para se misturarem ao ambiente terrestre e dificultar sua detecção. Outras variações, como padrões geométricos, são inspiradas na camuflagem naval da Primeira Guerra e visam confundir a percepção de distância e direção pelos operadores ucranianos.
Além das mudanças visuais, uma nova tendência entre os operadores russos é a adição de mensagens ofensivas escritas nas asas dos drones, direcionadas aos pilotos ucranianos que realizam as interceptações. Insultos como “quem derrubar isso é um fdo” e “m**a” têm aparecido em drones abatidos, refletindo o desespero e a falta de opções para os russos diante das perdas constantes.
No entanto, essas medidas não parecem suficientes para evitar a crescente taxa de abates. Drones camuflados e com inscrições ofensivas continuam sendo alvos fáceis para os interceptores FPV da Ucrânia. Discussões em fóruns russos sugerem que a instalação de câmeras traseiras e bloqueadores de sinais poderia ser uma próxima evolução.
Enquanto novas soluções são testadas, as interceptações ucranianas continuam, e os drones russos permanecem vulneráveis, respondendo com poucas defesas além de insultos pintados em suas superfícies.