O Egito emitiu um grave alerta sobre a possibilidade de uma guerra regional generalizada no Oriente Médio, à medida que as tensões no Líbano e em Gaza continuam a se intensificar. Segundo o ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdel Aty, a situação está em um ponto crítico, com o risco de uma escalada violenta na região. A declaração foi dada após um ataque cibernético que causou danos significativos à infraestrutura de telecomunicações no Líbano, impactando várias áreas do país. As informações são da Sky News Arabia.
O ministro egípcio manteve conversas telefônicas com o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, e o ministro das Relações Exteriores libanês, Abdullah Bou Habib, para discutir a gravidade da situação. Durante as conversas, Abdel Aty reafirmou o total apoio do Egito ao Líbano e condenou qualquer violação de sua soberania por forças externas. Ele também ressaltou a disposição do Egito em fornecer auxílio ao país durante essa crise delicada.
Em um comunicado, Abdel Aty destacou que o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, instruiu seu governo a se engajar rapidamente com as autoridades libanesas, enfatizando a importância da segurança e estabilidade no Líbano. O ministro também expressou preocupação com as “ações irresponsáveis” que vêm ocorrendo no sul do país, alertando que essas atitudes podem desencadear um conflito em grande escala na região.
A situação no Oriente Médio tem se agravado rapidamente, com o aumento da violência em Gaza e na Cisjordânia. O ministro egípcio chamou a atenção para o risco de uma escalada que poderia envolver múltiplos países da região, transformando o cenário atual em uma guerra regional abrangente. Ele sublinhou que as consequências desses acontecimentos afetarão diretamente a estabilidade de todo o Oriente Médio.
Abdel Aty também defendeu a necessidade urgente de um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza e o fim da “agressão israelense” na Cisjordânia. Além disso, ele destacou a importância de se chegar a um acordo que garanta a libertação de reféns e prisioneiros, bem como o acesso irrestrito a ajuda humanitária e médica para os civis na Faixa de Gaza.
O Egito, que historicamente desempenha um papel mediador no Oriente Médio, reforçou sua preocupação com o destino da região e alertou sobre as possíveis repercussões de uma nova guerra. O país se comprometeu a continuar seus esforços diplomáticos para evitar que a situação se deteriore ainda mais, mas alertou que o tempo está se esgotando.