A tensão entre Ocidente e Oriente está cada dia maior. Agora foi a vez da França dar uma resposta aos testes russos. Para isso, o presidente da França, Emmanuel Macron, autorizou a realização de um disparo, de caráter de exercício, do míssil supersônico ar-terra ASMPA-R.
O teste foi realizado na tarde do dia 22 de setembro. O exercício foi realizado com o caça Rafale B, sob escolta de um esquadrão. O míssil possuiu capacidade de transportar uma ogiva nuclear de até 300 quilotons. Só para ter uma ideia, a explosão causada seria até dez vezes mais devastadora do que as bombas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki.
Intitulada ‘Operação Durandal’ pelo Ministério da Defesa da França, a operação, segundo o próprio governo, ocorreu dentro do esperado, foi bem sucedida e apenas dentro do território francês. Como era de se esperar, o míssil estava sem a carga.
No entanto, o governo francês não divulgou quais foram as zonas sobrevoadas e nem qual o alvo atingido pelo exercício.
Estima-se que a França possui, atualmente, cerca de 290 ogivas nucleares com potência semelhante ao que poderia ter sido realizado no teste.
Putin x Macron
Para além dos conflitos em andamento, Putin e Macron possuem um histórico de animosidade que se estende de longa data. Desde que foi eleito em 2017, o presidente francês tem feito um esforço no sentido de se tornar uma das figuras mais influentes e poderosas da Europa. Para isso, ele vem tomando a frente de assuntos militares importantes, especialmente os que envolvem a Rússia.
Por outro lado, Putin parece não se importar com as ambições do francês, uma vez que tem adotado um tom de desprezo pelo líder. A primeira “saia justa” entre os líderes aconteceu em 2022, quando Macron viajou à Rússia para buscar uma “saída” para a Guerra na Ucrânia. O chefe russo recebeu o presidente francês sentado em uma mesa com mais de cinco metros de comprimento e, tendo o visitante, se sentado na outra ponta. A postura de Putin, com ar arrogante, contrastou com a postura submissa de Macron.