A Marinha do Brasil acaba de impactar o cenário naval mundial com uma revelação surpreendente: o lendário Parnaíba – U 17, o navio de guerra mais antigo em serviço, continua a exercer um papel essencial na defesa nacional. Com uma rica história de bravura, o Parnaíba foi fundamental em missões decisivas durante a Segunda Guerra Mundial, protegendo a costa brasileira e enfrentando submarinos alemães. Conhecido carinhosamente como “Jaú do Pantanal” e “Caverna Mestra da Armada”, este monitor é uma joia da Marinha Brasileira, operando ininterruptamente há 86 anos.
Ao contrário de muitos navios da mesma era, que foram convertidos em museus, o Parnaíba permanece em plena atividade, destacando-se como um símbolo de competência naval e resistência. Construído no Arsenal de Marinha da Ilha das Cobras, comissionado por Getúlio Vargas e batizado pela Primeira-Dama Darcy Sarmanho Vargas, o Parnaíba vai além de ser um mero relicário flutuante — ele é um testemunho vivo da história e da capacidade da indústria naval do Brasil. Sua operação contínua e longevidade destacam a robustez e a importância estratégica do Parnaíba para a Marinha do Brasil, atuando como uma conexão entre o passado glorioso e a defesa moderna do território nacional.
Com impressionantes 86 anos, o lendário navio da Marinha do Brasil continua em serviço ativo
Durante a Segunda Guerra Mundial, a costa do Brasil testemunhou muitas perdas. O número de marinheiros brasileiros mortos superou o de soldados da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália. Foi nesse contexto que o Monitor Parnaíba entrou em ação. Conhecido como jaú do Pantanal e Caverna Mestra da Armada, esse navio é o mais antigo em serviço na Marinha Brasileira.
Com seus notáveis 86 anos, o Navio Parnaíba faz parte da classe monitor, projetado para dar suporte a patrulhas e operações navais. Ao contrário dos Estados Unidos, onde os navios mais antigos da Segunda Guerra Mundial foram convertidos em museus, como o USS Blue Ridge, comissionado em 1970, o Parnaíba permanece ativo. Essa continuidade ressalta tanto a resistência quanto a importância do Parnaíba para a Marinha do Brasil.
Mais antigo navio de guerra em operação na Marinha do Brasil desde a Segunda Guerra Mundial
O Parnaíba é um dos navios de guerra mais antigos ainda em serviço, sendo superado apenas pelo Kommuna, da Rússia. Embora tenha sido lançado em 1913, o Kommuna é um navio de salvamento, diferindo do Parnaíba, que permanece como uma embarcação armada. O nome Parnaíba é uma homenagem ao rio de mesmo nome no estado do Piauí, e o navio segue como um símbolo de resistência. Construído no Arsenal de Marinha da Ilha das Cobras, atualmente conhecido como AMRJ, o Parnaíba é uma obra genuinamente brasileira. Sua quilha foi estabelecida em 11 de junho de 1936 pelo então Presidente Getúlio Vargas. Lançado e batizado em 6 de novembro de 1937, teve como madrinha Darcy Sarmanho Vargas, a Primeira-Dama da época.
Legado do Parnaíba: da defesa fluvial à proteção da costa brasileira
O Parnaíba, destinado a operações em áreas ribeirinhas, tem atuado nas águas fluviais de Ladário, Mato Grosso do Sul, desde que foi incorporado à Flotilha do Mato Grosso em 4 de março de 1938. Ainda nesse ano, em 1938, um incêndio ocorreu em sua praça de caldeiras. Surpreendentemente, o navio manteve-se em operação com motor a vapor até 1999, quando passou por modernização e foi equipado com um motor a diesel.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Parnaíba foi chamado a enfrentar submarinos alemães que haviam invadido a costa do Brasil, bombardeando embarcações e resultando na morte de centenas de marinheiros. Essa ação ressalta a relevância do Parnaíba na defesa da costa brasileira, mesmo sendo uma embarcação de atuação fluvial.
Modernização e atualização do Parnaiba
As principais alterações no Parnaíba envolveram a troca do canhão de 152mm por um de 120mm, mais apropriado para enfrentar submarinos na superfície. Os canhões de 47mm foram mantidos, mas os morteiros de 87mm foram trocados por metralhadoras antiaéreas de 20mm, aumentando sua capacidade defensiva. O Parnaíba também recebeu calhas para bombas de profundidade, melhorias semelhantes às feitas no navio Paraguassu. Essas atualizações garantiram que o Parnaíba continuasse eficiente como navio de guerra, mesmo com sua idade avançada.
Símbolo da resiliência e capacidade da Marinha do Brasil
O Parnaíba atualmente realiza missões nas tranquilas águas do Pantanal, fortalecendo a segurança das fronteiras brasileiras. Sua constante operação é uma prova da sua resistência e da significativa contribuição da Marinha Brasileira para a proteção do território nacional. O Monitor Parnaíba – U 17 vai além de ser um simples navio antigo; ele representa a resiliência e a competência da Marinha do Brasil. Sua rica trajetória e operação contínua refletem a dedicação e o compromisso da marinha em preservar suas tradições e proteger suas águas.