Funcionário americano anuncia que um militar da Marinha dos EUA está preso na Venezuela, o que fez com que o Departamento de Estado emitisse um alerta sobre detenções injustas. O conselho é que os americanos evitem viajar para o país devido à crise em curso. O anúncio foi feito na última quarta-feira, 4 de setembro, e esclareceu que o governo dos Estados Unidos não tem acesso aos presos e não é notificado previamente sobre as prisões. Segundo os esclarecimentos, o militar não estava em missão oficial no país e ainda não há mais detalhes sobre a prisão, além de que ocorreu no dia 30 de agosto.
Em entrevista ao ABC News, o oficial de Defesa revelou: “Estamos cientes de relatos de que um marinheiro da Marinha dos EUA foi detido por volta de 30 de agosto pelas autoridades policiais venezuelanas enquanto viajava pessoalmente para a Venezuela. A Marinha está investigando isso e trabalhando em estreita colaboração com o Departamento de Estado”. O porta-voz do assunto, Matthew Miller, confirmou a situação e também esclareceu que não pode fornecer mais detalhes devido às regras de privacidade relacionadas a prisões internacionais.
Fonte: Portal Infomoney
Situação da Venezuela
A situação na Venezuela é complexa, pois envolve diretamente problemas políticos, econômicos e sociais devido à ascensão de Nicolás Maduro ao poder. Seu governo teve início em 2013. O autoritarismo do governo tem gerado uma repressão violenta a todos os opositores. A instabilidade se agravou quando surgiram suspeitas de fraude nas eleições.
Em 2019, Juan Guaidó foi proclamado presidente interino, com apoio da União Europeia e dos EUA. Apesar de o país possuir grandes reservas de petróleo, a má gestão levou a um colapso econômico, com desvalorização da moeda e inflação extremamente alta. De acordo com o portal Agência Brasil, a hiperinflação atingiu o patamar de 130.000% por quatro anos seguidos.
A crise humanitária afeta diretamente a Venezuela e os países vizinhos, pois a migração em massa ocorre devido à busca por melhores condições de vida. Entre os países mais procurados estão a Colômbia e o Brasil, devido às extremas dificuldades em atender às necessidades básicas de medicação e alimento.
Negociação com a Venezuela
Maduro tem se mantido resistente às sanções impostas pelos países. Esta é uma forma de punição realizada principalmente pelos Estados Unidos, com o objetivo de forçar uma negociação e minimizar a situação atual. Além das restrições comerciais, há bloqueios e negativas aos negócios venezuelanos. Mesmo com o impasse agravando ainda mais a dificuldade financeira do país, o presidente acusa a União Europeia e os Estados Unidos de fomentar o caos e uma crise humanitária.
A ação rígida do governo venezuelano tem utilizado a mídia para propagar o ódio contra os EUA e trabalha arduamente para angariar apoio popular e agir contra americanos e a União Europeia. Além disso, a Venezuela cortou laços com a embaixada dos EUA e expulsou diplomatas do país.
Prisões de Americanos
A intenção de Maduro, além do confronto, é causar repercussão com as prisões. Algumas delas se tornaram conhecidas mundialmente, como a prisão de funcionários da Petrobras. Segundo o governo venezuelano, eles estavam descumprindo regras locais. Vale lembrar também o caso do ex-fuzileiro naval Matthew Heath, acusado de espionagem e condenado a 8 anos de prisão. O caso ocorreu em 2022, e a condenação foi em 2023.