Como noticiado pelos principais veículos de informação do país, o piloto brasileiro Pedro Rodrigues Parente Neto, mais conhecido como Pedro Buta, desapareceu entre o fim de agosto e início de setembro após realizar um voo na fronteira entre Brasil e Venezuela.
O caso, porém, só começou a ganhar destaque na mídia após o portal Metrópoles noticiar o sumiço no dia 9 de setembro. A aeronave que ele pilotava sumiu dos radares, levantando três hipóteses: suspeita de acidente, desavença financeira ou mesmo abatimento pela Força Aérea Bolivariana da Venezuela (FANB).
Nos dias anteriores, a Força Aérea Brasileira (FAB) já havia interceptado uma aeronave de asa rotativa vinda da Venezuela, carregada com 250 kg de ilícitos em uma operação que envolveu caças A-29 Super Tucano e helicópteros UH-60 Black Hawk, forçando a aeronave ao pouso.
Possibilidades de acidente ou abatimento
Segundo o portal R7, Pedro teria recebido ameaças depois de relatar voos irregulares relacionados à venda de táxi aéreo. Já o canal Geo Military aventa a hipótese de que o avião de Pedro Buta possa ter sido abatido pela FANB, já que a Venezuela tem um histórico recente de abater aeronaves sem autorização, utilizando caças F-16 Fighting Falcon.
O caso, a propósito, foi relatado aqui pela Revista Sociedade Militar, que noticiou o abatimento de uma aeronave Piper Seneca 2 com matrícula brasileira abatida pela Força Aérea Venezuelana após violar o espaço aéreo venezuelano e tentar fugir ao ser interceptado.
No entanto, outra possibilidade é que a aeronave tenha caído acidentalmente na floresta que circunda a fronteira entre os dois países, já que o radar perdeu o sinal pouco depois de entrar em território venezuelano.
Desavença financeira e outras hipóteses
De acordo com o G1, há também a suspeita de uma desavença financeira. Pedro Buta teria sido contratado por Daniel Seabra de Souza para buscar a aeronave na Venezuela, mas o antigo proprietário alegava que o pagamento não havia sido quitado. Apesar das ordens para não voar sem o pagamento, Pedro seguiu viagem. A família de Pedro relatou que ele recebeu ameaças relacionadas ao voo.
Esperança da família e investigações
A mãe de Pedro, Maria Eugênia Buta, acredita que ele possa estar vivo, já que um coronel aviador lhe contou que o ELT (Transmissor Localizador de Emergência), que seria ativado em caso de queda, não foi acionado, segundo informação do Estadão. Isso sugere que a aeronave não sofreu um acidente.
“Ele me explicou que, mesmo que o transponder tenha sido desligado, em caso de queda, um equipamento conhecido como ELT (transmissor localizador de emergência) é acionado e acusa a queda, que é detectada via satélite. Todo avião tem o ELT e o dele não foi acionado, ou seja, não houve queda. Meu filho pode estar em algum lugar. É tudo o que eu preciso saber”, disse Maria Eugênia.
A Polícia Federal e a FAB seguem investigando o caso, e o Ministério das Relações Exteriores está em contato com as autoridades venezuelanas para ajudar na busca.
O desaparecimento de Pedro Buta e as circunstâncias envolvendo sua viagem continuam a gerar especulações na mídia.