Um novo relatório do Lowy Institute, think tank australiano, revela uma mudança alarmante: pela primeira vez, a China supera os Estados Unidos na capacidade de responder rapidamente a conflitos na Ásia. Apesar de ainda serem classificados como a nação mais poderosa da região em seis das oito medidas do Asia Power Index, os EUA veem sua vantagem militar se desgastar.
Com investimentos massivos em modernização e expansão de suas forças armadas, a China está redefinindo o equilíbrio de poder regional. Essa evolução não apenas intensifica as preocupações dos Estados Unidos, mas também promete repercussões significativas para a segurança na Ásia. A era da supremacia militar americana parece estar chegando ao fim, e o que isso significa para o futuro da região?
A queda da vantagem dos EUA
O Asia Power Index (Índice de Poder na Ásia), divulgado pelo Lowy Institute, classifica 27 países da região com base em critérios como capacidades militares, alianças e influência econômica. Aqui está o detalhe intrigante: apesar de os EUA liderarem em seis das oito categorias avaliadas, a pesquisa revela que a China está se aproximando.
Os especialistas notam que “a China diminuiu mais de um quarto da liderança que os EUA detinham na Capacidade Militar em 2018”. Mas o que isso significa para o futuro das relações de poder na Ásia?
A dinâmica regional e os desafios da China
No entanto, a história não acaba aqui. Apesar dos avanços, a China ainda enfrenta sérias limitações. A mobilização militar eficaz pode ser uma vantagem, mas a falta de uma rede sólida de alianças, algo que os EUA possuem, é um ponto fraco crucial. Xi Jinping, presidente da China, tem a ambição de preparar seu exército para um possível ataque a Taiwan até 2027. Mas será que isso é viável?
Especialistas alertam que a China terá dificuldades para manter uma presença militar dominante em áreas distantes, como a Indonésia e outras ilhas do Pacífico, especialmente se os EUA e seus aliados decidirem contestá-la.
Aliados e ações dos EUA
Buchanan, um especialista em segurança, alerta que as rotas marítimas que conectam a China ao continente se tornariam alvos evidentes para adversários. E a situação se complica ainda mais quando consideramos a coalizão de aliados dos EUA, incluindo Japão, Austrália e Índia. Isso levanta uma questão crucial: a China poderá realmente projetar sua força além de suas fronteiras?
O futuro das relações de poder na Ásia
O relatório do Lowy Institute destaca que, embora a China tenha avançado em algumas áreas, ela não deve superar os EUA em capacidade militar geral no futuro próximo. O poder da China se estabiliza em um nível inferior ao dos EUA, mas ainda é superior ao de qualquer outro concorrente asiático. O crescimento econômico mais lento e a influência regional que não está mais em ascensão colocam a China em um cenário desafiador.
Com informações de Stars and Stripers