A guerra entre Rússia e Ucrânia, que já devastou inúmeras vidas, chegou agora ao mundo do xadrez. Após a invasão russa em 2022, a Federação Internacional de Xadrez (FIDE) suspendeu a participação da equipe russa, junto com sua bandeira e hino, em competições globais. No entanto, uma votação crucial na próxima semana pode mudar esse cenário, reintegrando a Rússia ao esporte.
O Kremlin, representado por Arkady Dvorkovich, ex-vice-primeiro-ministro russo e atual presidente da FIDE, está em campanha para reverter as sanções. A Federação de Xadrez do Quirguistão, aliada da Rússia, propôs a moção, e há o temor de que vários países da África e Ásia possam apoiar Moscou.
Ucrânia, junto com aliados como Reino Unido e Alemanha, está trabalhando ativamente para impedir o retorno da Rússia. Alexander Kamyshin, novo chefe da Federação Ucraniana de Xadrez e conselheiro do presidente Zelensky, destaca a perda de 21 jogadores de xadrez ucranianos na guerra, argumentando que não é justo levantar essa questão enquanto civis e atletas ucranianos são vítimas do conflito.
Apesar das sanções impostas por organizar torneios em áreas ocupadas da Ucrânia, Dvorkovich segue tentando influenciar a FIDE a favor da Rússia. Críticos temem que uma reintegração seja um golpe de propaganda para o Kremlin, que pode usar isso para suavizar as críticas internas e internacionais.
Para a Ucrânia e seus aliados ocidentais, manter as sanções é uma forma crucial de pressão. No entanto, após mais de dois anos de conflito, há um movimento crescente pedindo a reintegração da Rússia na comunidade internacional.
Com informações de: BBC