O Brasil está prestes a viver o período de maior calor e seca já registrado na história. Os serviços de meteorologia estão indicando temperaturas alarmantes em diversos estados do país, com máximas podendo chegar a 45º C.
Para piorar a situação, o ar seco e a falta de chuvas irão derrubar a umidade relativa do ar, trazendo consequências sérias para o meio ambiente e a saúde humana. O pico do calor está previsto para a segunda semana do mês de setembro. Esse calorão que irá atingir o país se deve a um efeito conhecido como Cúpula de Calor ou Efeito Domo. Entenda mais a seguir.
O que é uma cúpula de calor?
Cúpula de calor é o nome dado para quando uma área de alta pressão permanece sobre o mesmo local por dias ou até semanas, fazendo com que o ar muito quente fique preso por baixo assim como uma tampa em uma panela. Essa massa de ar quente se expande verticalmente na atmosfera, gerando a tal cúpula de calor capaz de desviar frentes frias, por exemplo.
Neste mês de setembro, esta bolha de calor estará com o seu centro entre o Paraguai e o Centro Oeste brasileiro. Dessa forma, a previsão é de que estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás cheguem a registrar temperaturas entre 40º C e 45º C.
No entanto, estados como São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Paraná, Maranhão e Piauí também serão fortemente afetados por essa onda de calor e secura.
Mudanças climáticas
Estudos recentes tem demonstrado que as mudanças climáticas estão contribuindo com o aumento das cúpulas de calor em todo o mundo. Por isso, cientistas alertam que períodos de altas temperaturas serão cada vez mais frequentes e intensos.
Ao longo de mais de um século de medição de temperatura global nunca foram registrados tantos recordes de calor. Em 2021, por exemplo, uma cúpula de calor na região Oeste da América do Norte elevou as temperaturas a quase 49º C levando a morte mais de 1.030 pessoas .
Riscos associados ao calor extremo
Muito se fala das mortes causadas pelo frio. Mas o calor, especialmente quando acompanhado da baixa umidade do ar, é igualmente perigoso ou até mais, isso porque o aumento das temperaturas se relaciona com riscos silenciosos.
Um dos riscos associados é a pressão arterial que tende a subir e levar a complicações pessoas com problemas cardiovasculares, por exemplo. Idosos também são vitimas do calor extrema sofrendo com desidratação e insolação.
Já as crianças costumam apresentar maiores problemas respiratórios com agravamento de quadros como bronquite, rinite, asma e sinusite.
A saúde humana não é a única que fica em perigo. O meio ambiente também sofre. Incêndios e queimadas são mais frequentes, reduzindo as áreas verdes e causando a morte de inúmeros animais, isso sem falar na qualidade do ar que fica ainda mais comprometida pela fumaça.
O que fazer?
Para reduzir os efeitos do calorão, é recomendado beber muita água, evitar atividades ao ar livre durante as horas mais quentes do dia e passar protetor solar. Também é aconselhável usar roupas leves e folgadas que ajudam o corpo a não acumular calor.
Cuidado ainda com os animais domésticos, mantendo-os longe do sol, evitando caminhadas nos períodos de sol mais quente e sempre manter a tigelinha com água cheia.