Nos últimos dias, a Líbia viu sua produção de petróleo ser drasticamente reduzida, enquanto diversos portos do país interromperam as exportações. O motivo é um confronto político entre os dois governos que disputam o controle do país. De um lado, o governo de Bengasi, no leste, liderado pelo general Khalifa Haftar, e do outro, o governo de Trípoli, no oeste, comandado pelo primeiro-ministro Abdulhamid Dbeibah.
A crise teve início quando Sadiq al-Kabir, chefe do Banco Central da Líbia, foi demitido por ordem do primeiro-ministro Dbeibah, após se aproximar do governo de Bengasi. Em resposta, o governo oriental, que controla as principais reservas de petróleo do país, ameaçou interromper a produção de petróleo caso al-Kabir não fosse reconduzido ao cargo.
Essa ameaça se concretizou, resultando em uma redução drástica da produção de petróleo, que caiu para aproximadamente 590 mil barris por dia, em comparação com a média de julho de 1,18 milhão de barris por dia. A Líbia, que é o maior exportador de petróleo da África, sofreu um impacto econômico significativo devido à queda na produção.
Os portos localizados na parte leste da Líbia, que são responsáveis pela maior parte das exportações de petróleo, também foram afetados, paralisando completamente as exportações. A situação causou uma queda nos rendimentos do país, estimada em cerca de 110 milhões de euros.
A crise política na Líbia não só ameaça a estabilidade interna do país, mas também pode ter repercussões no mercado global de petróleo, dada a importância das reservas líbias para o fornecimento mundial. Até o momento, não há sinais de que o impasse entre os dois governos será resolvido em breve.
Analistas acompanham de perto a situação, temendo que a escalada do conflito possa gerar ainda mais instabilidade na região, com consequências imprevisíveis para a economia global.
Com informações de: Ilpost