Hollywood não se cansa de explorar roteiros de filmes em que a Terra é destruída por asteroides gigantes. Mas, longe de ser apenas um entretenimento de ficção científica, um possível impacto de um asteroide com o planeta é motivo de constante preocupação por parte da comunidade cientifica.
Recentemente, a Nasa, Agência Espacial Norte-Americana, informou ter descoberto um asteroide com centenas de metros de diâmetro e com uma possibilidade de atingir a Terra de até 72% dentro dos próximos 14 anos.
A previsão revela ainda que as áreas mais vulneráveis a esse possível evento apocalíptico atinja especialmente a América do Norte, Sul da Europa e Norte da África. Por outro lado, existe 28% de chance de que a colisão não aconteça devido a proximidade do corpo celeste com o sol.
Testes e simulações
A Nasa leva essas questões tão a série que realiza diversas simulações e testes para testar a capacidade de resposta da Terra frente a uma possível ameaça de colisão. Recentemente, a agência norte-americana divulgou uma simulação onde foi testada justamente a capacidade de defesa diante de um corpo celeste com a mesma probabilidade (72%) do asteroide identificado.
A cada dois anos, diversas agências internacionais realizam exercícios de simulação com o objetivo de estudar as chances de um evento desse tipo ocorrer e como lidar com ele. Esses testes que envolvem a cooperação internacional entre diversos países usam dados realistas a partir do rastreamento de asteroides e, a partir daí, se concentram no planejamento de emergência e em estratégias de desvio.
Os exercícios mais recentes, liderados pela Nasa e que reúnem especialistas de diversas áreas ao redor do mundo, foram realizados em junho deste ano.
Consequências de um impacto
De acordo com o coordenador do exercício da Nasa, Terik Daly, as consequências de um asteroide atingindo a Terra seriam muito graves, o que demonstra o quão essencial é a colaboração de todos os países nos exercícios e simulados.
Asteroides pequenos geralmente queimam ao entrarem na atmosfera terrestre, causando pouco ou nenhum dano. Por outro lado, asteroides maiores, como o identificado pela Nasa, podem causar destruição em larga escala.
O impacto liberaria uma quantidade enorme de energia, equivalente a várias bombas nucleares, gerando uma explosão que devastaria uma vasta área ao redor do ponto de impacto. Isso resultaria em terremotos, tsunamis e incêndios florestais.
Além dos danos imediatos, o impacto poderia levantar grandes quantidades de poeira e partículas na atmosfera, bloqueando a luz solar e causando um “inverno de impacto”. Essa redução na temperatura global afetaria a agricultura, levando a uma escassez de alimentos e potencialmente desencadeando uma crise global. A queda de um asteroide de grande porte, como o que se acredita ter extinguido os dinossauros há 66 milhões de anos, poderia causar extinções em massa ao longo de várias espécies, incluindo a nossa.