Um homem preso pelo Exército em área de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Raraima, não conseguiu se safar na Justiça. Detido com outras 2 pessoas na posse de minérios que aparentam ser ouro e mercúrio, além de armas e munições de calibre restrito, o acusado argumentou que é primário, de bons antecedentes, arrimo de família, pai de menina de 3 anos de idade e residência fúixa no Distrito Federal.
Ao analisar o caso, a 10ª Turma do TRF1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) manteve a prisão preventiva do réu imposta pelo Juízo Federal da 4ª Vara da Seção Judiciária de Roraima. A decisão foi publicada no dia 3 de outubro e divulgada no último dia 25 pelo TRF1.
Segundo a desembargadora federal Solange Salgado da Silva, relatora do caso, “há fortes indícios de que o paciente faça parte de um intricado grupo criminoso voltado ao garimpo ilegal, com estrutura sofisticada e bem dividida, integrada por diversas pessoas interligadas objetivando a extração ilegal de ouro e outros minérios na terra indígena Yanomami, que sofre risco de extinção devido à crise sanitária e humanitária decorrente da garimpagem ilegal na região”.
A magistrada também argumentou que o acusado confessou atuar como garimpeiro na região por 10 meses e que é integrante da facção criminosa Primeiro Comando da Capital, “exercendo a função de pregar a disciplina e estabelecer a ordem do garimpo em nome do grupo criminoso do qual faz parte”.
Solange Salgado da Silva concluiu que não há que se falar, ao menos por ora, na autorização de medidas cautelares diversas da prisão “haja vista a necessária interrupção dos atos criminosos para garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal”. A decisão do colegiado acompanhou a da relatora por unanimidade,negando o pedido de habeas corpus do réu.
Pelotão do Exército e da FAB está sendo espionado por elementos estranhos na fronteira
O Exército tentou abater, sem sucesso, um drone avistado próximo às instalações militares do Pelotão Especial de Fronteira (PEF) Tiriyós, localizado na floresta amazônica do Pará, fronteira com Suriname.
O fato aconteceu no final do mês de setembro, mas veio a público no último dia 18 de outubro por meio de reportagem da Agência Pública.
Além do Exército, o PEF também conta com pessoal da Aeronáutica e está localizado a mais de 400 km de Macapá (AP) e 1,9 mil km de Belém (PA).
O Centro de Comunicação Social do Exército confirmou o ocorrido narrado pelos indígenas e ainda acrescentou que “a presença desse tipo de equipamento é indicadora da tentativa de levantamento de informações com potencial para comprometer a segurança dos integrantes do Pelotão, bem como das comunidades próximas”.
“Por esse motivo, a equipe responsável pela vigilância realizou procedimento para abatê-lo, porém, sem sucesso. Até o presente momento o Exército não identificou o operador do drone, mas continua monitorando”.