O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, foi a autoridade que mais usou os jatinhos do Grupo de Transporte Especial da FAB (Força Aérea Brasileira) em 2024 até o momento.
Segundo levantamento feito pelo jornalista Cláudio Humberto, que assina coluna homônima em diversos jornais país afora, Barroso viajou 104 vezes com a mordomia este ano.
Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, foi o segundo colocado, com 99 viagens. O ministro da Defesa José Múcio Monteiro e o ministro da Fazenda Fernando Haddad voaram 92 e 88 vezes, respectivamente.
Em outubro, até então ninguém usou mais os jatinhos da FAB do que Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. Ele já voou 8 vezes.
O registro de voos da FAB está disponível neste link.
Quais autoridades podem usar os jatinhos da FAB?
Conforme o decreto número 10.267, de 5 de março de 2020, assinado por Jair Bolsonaro, podem requerer transporte aéreo em aeronave do Comando da Aeronáutica o vice-presidente da República, os presidente do Senado, da Câmara e do STF, os ministros de Estado e também os comandantes das Forças Armadas e o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.
O ministro da Defesa tem ainda a competência de autorizar o transporte aéreo de outras autoridades nacionais ou estrangeiras.
Novos aviões para presidência e ministros
Em entrevista à rádio O Povo/CBN em Fortaleza no dia 11 de outubro, Lula disse que comprará novos voos para a presidência da República para que, além dele, ministros também usem aeronaves. A decisão foi sacramentada depois que o atual avião sofreu pane na Cidade do México e teve que dar voltas pela capital mexicana por cerca de 5 horas.
“Vamos comprar um avião para o presidente da República. Entendendo que a ignorância não pode prevalecer. Um avião para o presidente da República não é um avião para o Lula, para o Fernando Henrique Cardoso, para o Bolsonaro, para quem foi presidente. É um avião para a instituição Presidência da República, para quem quer que tenha sido eleito. E vamos comprar alguns outros aviões porque é preciso os ministros viajarem. Não governamos com ministro que fica coçando em Brasília”.