O presidente Lula deu o ponta-pé inicial para a criação da Alada – Empresa de Projetos Aeroespaciais do Brasil S.A., nova estatal criada com o objetivo de colocar o Brasil na vanguarda da exploração espacial. A empresa nasce com a missão de transformar o país em um polo de inovação e tecnologia aeroespacial, capaz de competir com as grandes potências mundiais do setor.
A nova empresa, que será subsidiária da NAV Brasil, terá como principal missão impulsionar o Programa Espacial Brasileiro, aproveitando a localização privilegiada do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão. A ideia é que a Alada se torne um verdadeiro “hub” espacial, atraindo investimentos e desenvolvendo tecnologias de ponta.
A proposta foi enviada ao Congresso Nacional pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A missão da Alada: explorar o potencial do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão – conhecido por sua localização estratégica, que permite lançamentos mais eficientes e econômicos. De acordo com a FAB, a nova estatal se integrará ao Programa Espacial Brasileiro, desempenhando um papel crucial no desenvolvimento e na comercialização de veículos lançadores de microssatélites (VLMs) e no lançamento do VSB-30, foguete suborbital que alcança o espaço sem entrar em órbita.
Além de impulsionar parcerias internacionais, a Alada será uma subsidiária da NAV Brasil, estatal criada em 2020 para operações de controle aéreo, vinculada ao Ministério da Defesa. A expectativa é que a Alada viabilize a nacionalização de tecnologia, gerando empregos qualificados e trazendo novos investimentos para o Brasil.
A jornalista e pesquisadora Miriam Rezende Gonçalves, que há décadas estuda o setor, explicou ao Defesa Aérea & Naval que a criação da Alada é um passo crucial para colocar o Brasil em uma posição de destaque no mercado aeroespacial global. A empresa terá papel-chave não só na coordenação de lançamentos, mas também na transferência de tecnologia, visando aumentar a autonomia e a competitividade do Brasil no setor.