Cientistas chineses deram mais um passo importante no setor da sustentabilidade. Isso porque a fabricante chinesa Trina Solar conseguiu solucionar um problema dos painéis solares que comprometia a sustentabilidade do produto.
Via de regra, os painéis são fabricados para durar cerca de duas a três décadas até que comecem a se degradar. O problema é que eles não podiam ser reciclados ou, quando isso é possível, a tecnologia envolvida torna esse processo tão caro que é inviável recorrer a reciclagem.
Contudo, a empresa chinesa desenvolveu um método que torna os painéis solares totalmente reciclado, sendo possível reutilizá-los quantas vezes for necessários sem que a eficiência seja comprometida.
Técnicas de reciclagem
O que tornou isso possível foram as 37 tecnologias de reciclagem patenteadas pelos pesquisadores, que permitem a separação e o reaproveitamento do silício, alumínio, vidro e também da prata proveniente de módulos descartados.
Entre as técnicas empregadas para a reciclagem dos painéis estão agentes desmoldantes, tecnologias de ataque químico usadas com o objetivo de dissolver materiais indesejados, além de métodos de extração de prata por meio de tratamentos úmidos.
Alta tecnologia
O primeiro painel fotovoltaico de silício cristalino possui células TOPcon (Tunnel Oxide Passivated Contact), conhecida como uma das maiores tecnologias quando o assunto é painel de silício.
O painel possui potência superior a 645 watts e eficiência de conversão de 20,7%, o que não fica muito distante dos painéis de fabricação tradicional, mesmo assim ainda se mantem abaixo dos 25% alcançados pelos painéis TOPCon recém-saídos de fábrica ou dos 27% das células de perovskita.