Nas últimas semanas, a NASA tem mostrado preocupação com o aumento das explosões solares, já que o Sol entrou em seu período de máximo solar. Durante esse ciclo, o Sol apresenta maior atividade, incluindo manchas solares e ejeções de massa coronal (CMEs), fenômenos que podem trazer sérias consequências para a tecnologia na Terra. Cientistas alertam que, em casos extremos, esses eventos podem nos levar a uma condição semelhante à da Idade da Pedra.
O máximo solar faz parte de um ciclo de 11 anos em que o Sol passa de um estado mais calmo para uma fase de maior agitação. No momento, o Sol está muito ativo, exibindo manchas e tempestades solares de maneira mais frequente. Essas tempestades estão associadas a rajadas de energia que atingem a Terra, causando auroras impressionantes, mas também grandes interrupções tecnológicas. De acordo com os cientistas da NASA, os efeitos desses fenômenos precisam ser monitorados de perto.
Um dos grandes riscos do máximo solar está relacionado à internet e às tecnologias que dependem dela. Um estudo da pesquisadora Sangeetha Abdu Jyothi revela que cabos de comunicação submarinos, essenciais para manter a conectividade global, podem ser gravemente afetados por tempestades solares extremas. A interrupção desses sistemas pode resultar em prejuízos de até US$ 7 bilhões por dia somente para a economia dos Estados Unidos.
Embora os cabos de fibra óptica usados na internet não sejam diretamente danificados, as tempestades solares afetam os repetidores de sinal que mantêm as conexões de longa distância. Isso significa que, em um cenário extremo, uma pane global não está fora de cogitação. As chances de tal evento ocorrer nos próximos 10 anos variam entre 1,6% e 12%, segundo pesquisas recentes, e isso preocupa especialistas, dado o aumento da dependência digital.
Outro perigo significativo das tempestades geomagnéticas causadas pelo máximo solar é a ameaça aos sistemas de energia. O físico Dibyendu Nandi destacou que a atividade solar intensa pode provocar grandes flutuações no campo geomagnético da Terra, o que representa um risco grave para as redes elétricas, especialmente nas regiões de alta latitude.
Além das redes de energia, os satélites em órbita baixa da Terra também estão vulneráveis. Durante as tempestades solares, esses satélites podem sofrer com a desaceleração orbital, o que compromete suas funções de comunicação e navegação. A perda de dados vitais de satélites ou até mesmo uma queda de energia global durante uma tempestade solar são ameaças que precisam ser levadas a sério.
Ainda assim, nem tudo sobre o máximo solar é negativo. Para os entusiastas de eventos naturais, o aumento da atividade solar proporciona um espetáculo impressionante no céu. As auroras boreais e austrais, causadas pelas tempestades solares, são fenômenos belíssimos, que têm sido observados em locais tão diversos quanto Alemanha, Estados Unidos e até o Mediterrâneo.
Diante desse cenário, os cientistas da NASA estão em alerta e monitorando de perto o comportamento do Sol. O que pode parecer apenas um show de luzes naturais para algumas pessoas, é, na verdade, um lembrete de como nossa sociedade moderna depende da tecnologia. As consequências de uma tempestade solar severa podem ser devastadoras, atingindo desde a conectividade global até os sistemas de energia elétrica.
Portanto, enquanto admiramos as auroras e outros efeitos visíveis das tempestades solares, é importante não subestimar os riscos associados a esses eventos. A ameaça de apagões, falhas de comunicação e colapsos na internet é real, e devemos estar preparados para lidar com essas consequências.
Com informações de: Ecoticias