O Comandante do Exército Brasileiro, general de exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva esteve na cidade de Aragarças (GO), na terça-feira (15), em visita ao 58º Batalhão de Infantaria Motorizado (58º BIMtz), tropa subordinada ao Comando Militar do Oeste. A atividade teve como objetivo acompanhar o preparo da tropa e verificar a operacionalidade.
No 58º BIMtz, o General Tomás percorreu as instalações, interagiu com os militares e, durante a formatura, destacou o papel fundamental da unidade no contexto operacional da região.
O comandante do Exército também ressaltou a coesão e a singularidade da profissão militar, bem como a importância da prontidão operacional para enfrentar os novos desafios do século XXI.
CHEQUE DE OPERACIONALIDADE
Na ocasião, o general Tomás foi acompanhado pelo comandante militar do oeste, general de exército Luiz Fernando Estorilho Baganha, e pelo comandante da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, general de brigada Luiz Duarte de Figueiredo Neto.
Após a formatura, o general vistoriou as tropas do 41° BI Mec verificando o aprestamento e a capacidade operacional da unidade.
Ele também conversou com os militares da guarnição, reforçando a importância da coesão e do trabalho em equipe para garantir a excelência no cumprimento das missões do Exército Brasileiro.
ARAGARÇAS: COMUNISMO, REVOLTA E ANISTIA
A Revolta de Aragarças, segunda rebelião enfrentada pelo governo Juscelino Kubitschek, eclodiu em 2 de dezembro de 1959, mas começou a ser articulada em 1957.
Apesar da anistia concedida aos militares envolvidos na Revolta de Jacareacanga em fevereiro de 1956, o clima de insatisfação e de conspiração contra o governo continuou, sobretudo na Aeronáutica.
A nova conspiração teve a participação do ex-líder de Jacareacanga, tenente-coronel aviador Haroldo Veloso, e de dezenas de outros militares e civis, entre os quais o tenente-coronel João Paulo Moreira Burnier, que foi o seu principal líder.
O objetivo era iniciar um “movimento revolucionário” para afastar o grupo que controlava o poder, cujos integrantes, segundo os conspiradores, seriam corruptos e comprometidos com o comunismo internacional.
Partindo do Rio de Janeiro, com três aviões Douglas C-47 e um avião comercial da Panair sequestrado, e de Belo Horizonte, com um Beechcraft particular, os rebeldes rumaram para Aragarças, em Goiás.
Pretendiam bombardear os palácios Laranjeiras e do Catete, no Rio, e ocupar também as bases de Santarém e Jacareacanga, no Pará, entre outras.
Na realidade, nem o bombardeio aos palácios, nem a ocupação das bases chegaram a ocorrer, e a rebelião ficou restrita a Aragarças.
A revolta durou apenas 36 horas. Seus líderes fugiram nos aviões para o Paraguai, Bolívia e Argentina, e só retornaram ao Brasil no governo Jânio Quadros.