A Marinha dos Estados Unidos está disparando mísseis no Oriente Médio a uma velocidade alarmante, mais rápido do que eles podem ser substituídos. De acordo com informações do The National Interest, a preocupação é a taxa na qual mísseis do sistema de defesa, como o SM-3, SM-2 e SM-6, estão sendo usados em operações recentes, o que está esgotando os estoques dos EUA em um ritmo que supera a capacidade de reposição. Essa situação levantou alertas tanto no Pentágono quanto no Congresso.
Estoques se esgotando
Com a intensificação dos conflitos na região, os destróieres de mísseis guiados dos EUA têm atuado de maneira intensa, principalmente no uso de mísseis interceptadores para proteger Israel de ataques iranianos. Esses mísseis, como o SM-3, são fundamentais para a defesa aérea dos aliados dos EUA, mas o número de disparos em operações recentes gerou uma preocupação sobre a capacidade de manter os estoques em níveis adequados.
Segundo o The National Interest, o uso de mísseis está ultrapassando a produção anual, que hoje é de apenas algumas dezenas. Com um ano de produção sendo utilizado em questão de dias, as Forças Armadas dos EUA estão enfrentando uma situação crítica.
Preocupação estratégica
O alerta maior é que, com o foco nos conflitos no Oriente Médio, os EUA podem estar se despreparando para enfrentar um potencial conflito com uma grande potência, como a Rússia ou a China. Analistas destacam que, enquanto os EUA se envolvem em mais operações no Oriente Médio, a taxa de uso dos mísseis supera a de reposição, o que pode deixar o país vulnerável em uma guerra de larga escala.
Bryan McGrath, oficial naval aposentado e especialista em segurança, declarou ao The National Interest: “Estamos muito abaixo das taxas de produção para dar suporte a um conflito de alto nível”.
Consequências no futuro
A situação já fez com que o Secretário da Marinha, Carlos Del Toro, solicitasse mais mísseis ao Congresso. Para ele, o cenário de intensificação de conflitos no Oriente Médio e o objetivo de dissuasão no Indo-Pacífico, contra a China, exigem um reforço significativo dos estoques de munições como o SM-3. No entanto, com a capacidade atual de produção, pode levar tempo até que os EUA consigam repor seus estoques adequadamente.