O Exército dos Estados Unidos realizaram uma movimentação estratégica significativa ao posicionar o sistema de lançadores de mísseis Typhon nas Filipinas. Essa manobra é vista como uma resposta direta à crescente influência militar da China na região do Pacífico, aumentando as tensões entre as potências. A localização desses lançadores permite aos EUA atingir alvos dentro do território chinês, o que gera debates geopolíticos sobre o impacto dessa decisão no equilíbrio de poder na Ásia.
A capacidade desse sistema, que varia de 800 a 2.800 quilômetros de alcance, oferece aos Estados Unidos uma vantagem estratégica crucial, especialmente em cenários de potencial conflito envolvendo Taiwan. Essa é uma área de constantes atritos entre China e EUA, e a presença do Typhon nas Filipinas serve como uma medida de dissuasão, reforçando a prontidão dos EUA para responder a qualquer movimento agressivo chinês.
Novo sistema de mísseis dos EUA aumenta tensão no pacífico após testes nas Filipinas
O sistema de lançadores de mísseis Typhon, uma adição recente ao arsenal do Exército dos Estados Unidos, passou por testes rigorosos durante o exercício militar Balikatan, realizado em abril de 2024 em parceria com as Forças Armadas Filipinas. Esses testes foram fundamentais para mostrar o poder de fogo e a mobilidade do Typhon. O sistema foi transportado da Base Conjunta Lewis-McChord, nos Estados Unidos, até Luzon, nas Filipinas, cobrindo uma distância de mais de 13.000 quilômetros.
Mesmo com menos de um ano de operação, o Typhon já se posiciona como peça-chave na estratégia de defesa dos EUA no Pacífico. Após o exercício Balikatan, os lançadores permaneceram nas Filipinas, uma decisão que rapidamente atraiu a atenção da China. O governo chinês expressou preocupações sobre a estabilidade regional, com o ministro da Defesa chinês, Dong Jun, afirmando que a presença do sistema americano “prejudica severamente a segurança e estabilidade regionais”
Mobilidade superior e flexibilidade estratégica em cenários de combate
O Typhon se destaca por sua mobilidade e flexibilidade. Ao contrário dos sistemas de mísseis russos e chineses, como o Iskander e o Dongfeng 21C, o Typhon pode operar em múltiplos cenários sem a necessidade de apoio aéreo contínuo. Isso permite aos Estados Unidos uma resposta rápida e precisa, sem depender de locais de lançamento fixos, o que se traduz em maior flexibilidade operacional.
Expansão do sistema Typhon reflete estratégia militar dos EUA no pacífico em meio a tensões com a China
O Exército dos Estados Unidos planeja expandir o uso do sistema Typhon, com a previsão de até cinco baterias operacionais até 2028. Essa expansão reforça a importância do sistema para manter o equilíbrio de poder no Pacífico, enquanto as tensões com a China aumentam.
A decisão de manter os lançadores Typhon nas Filipinas reflete a postura militar mais agressiva dos EUA na região da Ásia-Pacífico. O Typhon oferece aos Estados Unidos uma vantagem comparativa em termos de alcance e precisão, permitindo maior liberdade de manobra frente aos seus rivais estratégicos, especialmente em um possível conflito envolvendo Taiwan.