A FAB – Força Aérea Brasileira – comemora o maior número de repatriações da história e ultrapassa a marca de 1.600 repatriados do Líbano. Com mais de 200 horas de voo, o que se equipara a quase cinco voltas em torno do globo terrestre, foram resgatadas, com a Operação Voltando em Paz, 1.638 pessoas e 19 animais de estimação. O oitavo voo do projeto para a repatriação dos brasileiros que viviam em um cenário de guerra no Líbano aconteceu nesta sexta-feira, 25 de outubro.
O voo chegou a São Paulo, no aeroporto de Guarulhos, por volta das 4 horas da manhã. Ao todo, segundo o comandante do Segundo Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (2º/2º GT) – Esquadrão Corsário – Tenente-Coronel Aviador Marcos Fassarella Olivieri, foram mais de 180 mil quilômetros percorridos. É importante destacar que, além das pessoas e pets, as aeronaves da FAB levaram para o Líbano 22,5 toneladas de medicamentos e insumos hospitalares, mais de 62 toneladas de alimentos, totalizando mais de 85 toneladas de materiais.
Aeronaves FAB utilizadas
Esta grande operação de repatriação utilizou a aeronave KC-390 Millennium, que chegou ao Brasil no dia 22 de outubro, trazendo 82 pessoas e mais um animal. Contudo, a operação contou com a maior aeronave utilizada pela FAB, que realizou um total de oito voos; trata-se do avião KC-30 do Segundo Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (2º/2º GT) – Esquadrão Corsário. Esta aeronave tem capacidade para transportar 238 passageiros, além de 45 toneladas de carga. Segundo o portal oficial do governo, ela também conta com uma velocidade de 913 km/h.
Com a possibilidade de percorrer 14,5 mil quilômetros, possui potência e capacidade de voar longas distâncias sem precisar de reabastecimento. Este avião foi o mesmo utilizado para repatriar brasileiros que estavam em Israel e também foi usado para levar doações e auxiliar de forma direta o Rio Grande do Sul.
Vale lembrar que o processo de repatriação da FAB levou em conta alguns grupos prioritários, como, por exemplo, pessoas com deficiência, idosos e gestantes. Além disso, pessoas que comprovaram não ter condições de chegar ao Brasil por conta própria também foram incluídas na lista.
Outros países
Países como o Reino Unido e os Estados Unidos têm trabalhado em prol da repatriação de seus cidadãos. O Reino Unido, por exemplo, fretou aviões comerciais e tinha uma lista própria de prioridade para pessoas em condição de vulnerabilidade e famílias com crianças de até 18 anos.
Contudo, para que o transporte ocorra, é necessário pagar uma taxa equivalente a R$ 2.500. Os Estados Unidos ainda não enviaram aviões militares, mas têm mantido contato com companhias a fim de aumentar o número de assentos para estadunidenses, segundo o Departamento de Estado.