A Polícia Federal, a Justiça Federal Militar e o Exército deflagraram na manhã esta quinta-feira, 10 de outubro, uma operação que investiga crimes contra a Administração Pública por meio de processos licitatórios. A suspeita é de que o esquema tenha movimentado valores próximos a R$ 9 milhões.
De acordo com o MPM (Ministério Público Militar), que solicitou 2 mandados de busca e apreensão em Santa Maria (RS), 15 unidades militares e 2 empresários podem estar envolvidos nos contratos públicos suspeitos para a compra de peças para veículos usados nas Forças Armadas.
Ainda segundo o MPM, as ordens judiciais foram executadas na casa dos 2 empresários e na sede de uma empresa. Nesses locais foram apreendidos mídias e documentos “que possam fornecer novos elementos informativos acerca dos fatos sob apuração, bem como à obtenção de provas adicionais que auxiliem na definição de responsabilidades dos envolvidos”.
Mulher enganou o Exército por 33 anos
Uma mulher, hoje com 55 anos de idade, recebeu pensão do Exército por 33 anos fingindo ser filha de um ex-integrante da FEB (Força Expedicionária Brasileira). Com a ajuda da avó, irmã do idoso, ela fraudou documentos para alterar seu nome e dar sustentação ao esquema quando tinha apenas 15 anos de idade.
De acordo com o STM (Superior Tribunal Militar), as golpistas receberam indevidamente R$ 3,7 milhões ao longo das mais de 3 décadas.
O caso veio à tona após denuncia da própria avó em dezembro de 2021, já que ela não estava satisfeita com o valor que a neta transferia pra ela. A idosa, no entanto, morreu 5 meses depois e, por isso, somente a neta foi condenada. A pena determinada pela Justiça foi de 3 anos e 3 meses de prisão em regime aberto e devolução integral do valor desviado.