Artigo atualizado em 19/10 – Anteriormente divulgamos que o Marrocos tinha fechado a compra de 188 aeronaves, mas esta informação estava incorreta. O número de 188 é a quantidade aeronaves diversas que a Força Aérea Real Marroquina pretendia comprar, como divulgado amplamente na mídia meses atrás. A Embraer vai fornecer apenas a quantidade para substituir os C-130 Hércules do país africano.
Em um movimento que pegou a indústria aeronáutica de surpresa, a brasileira Embraer acaba de vencer a disputada concorrência para fornecer à Força Aérea Real Marroquina aeronaves de transporte militar KC-390 Millennium para substituir a frota de Lockheed Martin C-130 Hercules. A vitória da Embraer sobre gigantes como Airbus e Boeing representa um marco histórico para a indústria aeroespacial brasileira e consolida a posição da empresa como um player global de destaque.
O KC-390, conhecido por sua versatilidade e capacidade de transporte, substitui os antigos C-130 Hercules da frota marroquina, oferecendo vantagens significativas. Além de transportar até 26 toneladas de carga, o modelo pode atuar como aeronave de reabastecimento aéreo e realizar missões logísticas de alta complexidade. Com um preço estimado em US$ 50 milhões por unidade, o KC-390 se destaca pela competitividade em comparação aos rivais, como o C-130, que ultrapassa os US$ 130 milhões.
Fontes ligadas à negociação indicam que o governo marroquino pretende, além da compra, explorar a possibilidade de produzir parte das aeronaves localmente, uma jogada estratégica que favorece a indústria aeroespacial do país e fortalece os laços com o Brasil. O anúncio oficial foi feito após a avaliação do modelo em março deste ano, quando um KC-390 da Força Aérea Brasileira foi testado em Rabat.
A Embraer continua avançando no mercado de defesa. Essa aquisição é um movimento estratégico do Marrocos para diversificar seus fornecedores militares e ampliar suas capacidades logísticas e de transporte. A inclusão do país no grupo de usuários do KC-390 — ao lado de Brasil, Portugal, Hungria e outros — demonstra o impacto global da aeronave brasileira.
Com informações de La Razón e Cavok