Presidente brasileiro suspende compra de obuses de Israel após críticas a operações militares
De acordo com uma reportagem publicada pelo site “Defense News” em 8 de outubro, o Exército Brasileiro anunciou, há cinco meses, a decisão de adquirir um lote de obuses autopropelidos da empresa israelense Elbit Systems. No entanto, essa compra foi suspensa após o presidente Lula criticar publicamente as operações militares de Israel na Faixa de Gaza.
Situação da compra dos obuses ATMOS 2000
De acordo com fontes militares brasileiras, o projeto de aquisição desses obuses está atualmente “congelado“. Então, isso significa que não foi oficialmente cancelado. Segundo uma dessas fontes, o presidente Lula ainda “não assinou nenhuma ordem executiva que cancele formalmente a compra dos ATMOS 2000 ou que reabra o processo de licitação para considerar outras opções.”
Em maio deste ano, o governo brasileiro escolheu a Elbit Systems para fornecer 36 obuses autopropelidos ATMOS 2000. O contrato é avaliado em aproximadamente 210 milhões de dólares. Entre os outros concorrentes estavam o Caesar, da joint venture franco-alemã KNDS Defense Systems; o Zuzana 2, da eslovaca Konštrukta Defense Systems; e o SH-15, da China North Industries Corporation.
Esforços para retomar a compra
De acordo com algumas fontes, o Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e o Chefe do Exército, General Tomás Ribeiro Paiva, estão trabalhando para “descongelar” o projeto. Ambos têm como objetivo persuadir sobretudo o presidente Lula a seguir com o acordo. Além disso, Múcio e Tomás Paiva pressionam o presidente brasileiro a solicitar que Israel forneça dois obuseiros para testes no Brasil.
Alguns militares acreditam que reabrir a licitação e selecionar um novo fornecedor causaria atrasos significativos. Além disso, se preocupam que isso prejudicaria as empresas brasileiras que já firmaram acordos de cooperação com a Elbit Systems para a produção de componentes e a montagem final dos equipamentos.