Uma audiência está marcada pra acontecer nesta segunda-feira, 21 de outubro, na Secretaria de Urbanismo e Licenciamento da cidade de São Paulo, acerca da construção de uma residência funcional do Exército que servirá de moradia pra profissionais do novo Colégio Militar.
O projeto prevê um edifício PNR (Próprio Nacional Residencial) de 13 pavimentos e 73 unidades habitacionais ao lado do Ginásio do Ibirapuera ao custo de R$ 59 milhões.
O imbróglio é que a obra, que deve durar 2 anos, tem altura superior ao limite até então permitido na área. Serão 45 metros de altura, enquanto a permissão, até o começo do ano, era de 28 metros de altura.
Além disso, a Associação de Moradores de Vila Mariana argumenta que a região passa por processo de tombamento histórico e cultural e que a proposta do Exército não observa a legislação municipal, especialmente a lei de zoneamento.
O pedido de liberação vem desde que o Exército conseguiu tornar a área militar em janeiro deste ano. O Comando Militar do Sudeste defende a construção pra atender à expansão do Colégio Militar, que hoje está em local provisório e tem espaço em obras no Campo de Marte, na Zona Norte.
Mais um edifício para profissionais do colégio também deve ser construído pelo Exército no Quartel do Cambuci.
Em nota à imprensa, o Comando Militar do Sudeste afirmou que os 2 prédios previstos são essenciais pra receber os profissionais que atuarão nas instalações definitivas do colégio e que as construções serão idênticas pra facilitar a elaboração de processo licitatório, a orçamentação, a contratação, a fiscalização, a manutenção, o suprimento de materiais de reposição e o conhecimento técnico por parte dos envolvidos.
“É de se ressaltar que os PNR seguem um padrão arquitetônico e urbanístico de acordo com as normas em vigor na região do bairro Paraíso, com altura menor que os atuais edifícios já construídos”.
Por fim, o Exército Brasileiro afirmou que “seguirá cumprindo o previsto na legislação em vigor para o tema, zelando sempre pela boa convivência com a sociedade”.