O Índice Global da Paz (Global Peace Index – GPI) de 2024 trouxe à tona as nações mais pacíficas do mundo, com a Islândia, Irlanda e Áustria dominando as primeiras posições. Produzido pelo Instituto para Economia e Paz (IEP), o relatório avalia 163 países com base em critérios que medem a segurança social, a ausência de conflitos e o nível de militarização. Em meio a esses fatores, o Brasil encontra-se em uma posição bem distante, ocupando o 131º lugar no ranking, enfrentando desafios complexos relacionados à violência e desigualdade social.
A Islândia continua sua longa liderança no topo do ranking global, mantendo a posição de país mais pacífico do mundo por mais de uma década. A nação é famosa pela sua governança eficiente, coesão social e baixa criminalidade, fatores que contribuíram para sua estabilidade interna e ausência de conflitos. A pequena nação insular se destaca como um exemplo de paz sustentada, atraindo atenção mundial pela capacidade de proporcionar segurança e qualidade de vida excepcionais para seus cidadãos.
Em segundo lugar, a Irlanda ascendeu no ranking em 2024, destacando-se pela sua estabilidade política e baixos níveis de violência. Com um sistema de segurança social robusto e respeito significativo pelos direitos humanos, o país tornou-se uma referência de paz na Europa. A Irlanda é reconhecida por seus esforços em manter o país livre de conflitos internos e por sua política externa pacífica, o que a coloca entre os países mais seguros do mundo.
A Áustria, ocupando o terceiro lugar, é outro exemplo de sociedade pacífica. O país é conhecido pela segurança pública e pela ausência de grandes conflitos, tanto internos quanto externos. Além disso, o respeito pelos direitos civis e a forte coesão social ajudam a manter a Áustria como uma das nações mais pacíficas do mundo, com baixíssimos níveis de criminalidade e estabilidade política sólida.
No quarto lugar, a Nova Zelândia mantém sua tradição de paz e estabilidade. Combinando uma forte proteção ambiental, baixos índices de violência e respeito pelos direitos das minorias, o país se destaca também por sua política de defesa moderada. Mesmo com pequenos desafios relacionados à sua estrutura militar, a Nova Zelândia continua sendo um exemplo de paz na região da Ásia-Pacífico.
Singapura aparece na quinta posição, marcando presença como um dos países mais seguros e economicamente prósperos do mundo. A cidade-estado é conhecida por sua governança rígida e pela baixa criminalidade, oferecendo um ambiente altamente seguro para seus cidadãos. O país também se beneficia de uma forte estabilidade interna, refletida no alto nível de paz que proporciona.
A Suíça, que ocupa a sexta posição no ranking, é internacionalmente conhecida pela sua neutralidade em conflitos globais. Além de ser um exemplo de coesão social, o país mantém uma política externa pacífica e conta com uma forte estrutura de governança. Mesmo sendo um dos maiores exportadores de armas per capita, a Suíça se mantém como uma nação estável e pacífica, valorizando a segurança interna e o bem-estar social.
Portugal ocupa a sétima posição no ranking de 2024, destacando-se por sua estabilidade política e baixos índices de criminalidade. O país europeu tem se consolidado como um destino seguro tanto para seus habitantes quanto para turistas. A harmonia social e o respeito pelos direitos humanos também contribuem para sua alta classificação no Índice Global da Paz.
Já a Dinamarca, que ficou em oitavo lugar, é reconhecida por sua alta qualidade de vida e estabilidade governamental. Embora tenha registrado um pequeno aumento no comércio de armas, o país continua a manter uma política externa pacífica e uma sociedade coesa, elementos essenciais para garantir sua posição entre os mais pacíficos do mundo.
A Eslovênia, em nono lugar, é o único país da Europa Central a figurar entre os dez mais pacíficos. A nação é caracterizada por seus baixos níveis de violência e uma política externa voltada para a paz. Sua posição no ranking reflete a estabilidade social e o comprometimento em manter uma sociedade livre de conflitos significativos.
Fechando o top 10, a Malásia deu um salto impressionante em 2024, subindo nove posições em relação ao ano anterior. O país vem se destacando por sua segurança pública e harmonia social, conquistando a terceira colocação entre as nações mais pacíficas da região da Ásia-Pacífico. A crescente estabilidade interna e a ausência de conflitos graves ajudaram a consolidar a Malásia entre os países mais pacíficos do mundo.
Enquanto essas nações se destacam por sua paz e estabilidade, o Brasil enfrenta uma realidade bem diferente. Em 2024, o país ocupou a 131ª posição no Índice Global da Paz, refletindo problemas graves como violência, homicídios elevados e superlotação carcerária. Conflitos internos relacionados ao tráfico de drogas e a desigualdade social também impactam negativamente sua colocação no ranking. Além disso, o aumento dos gastos com segurança e a militarização crescente contribuem para a percepção de que o Brasil está longe de alcançar um ambiente pacífico.
A posição do Brasil no Índice Global da Paz é um lembrete claro dos desafios que o país precisa enfrentar para melhorar a segurança e a qualidade de vida de seus cidadãos. A violência, as tensões sociais e os conflitos internos continuam sendo barreiras para o desenvolvimento de uma sociedade mais pacífica e estável.
Fonte: Visionofhumanity