Dois pilotos da OTAN participaram recentemente de uma competição inédita entre caças Eurofighter e F-35, onde tiveram a oportunidade de testar suas habilidades em uma simulação de combate aéreo. O evento, realizado na Base Aérea de Ramstein, na Alemanha, proporcionou uma valiosa chance de familiarização com aeronaves de diferentes nações aliadas. Em um vídeo divulgado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, os pilotos falaram sobre a experiência e utilizaram aviões de papel para demonstrar as manobras executadas durante o combate.
O piloto alemão, 1º Tenente Alexander Grant, voou em um Eurofighter Typhoon, enquanto o capitão norte-americano Patrick Pearce, conhecido pelo indicativo “Hobbit”, pilotou um F-35A. Apesar da competição, a interação entre os dois pilotos mostrou que os ensinamentos trocados foram mais valiosos do que a disputa em si. O evento foi o primeiro do tipo na Europa, e seu principal objetivo foi permitir que os pilotos da OTAN testassem táticas e equipamentos em um ambiente controlado.
Grant destacou as capacidades de manobra do Eurofighter, afirmando que a aeronave tem um “pouco mais de empuxo”. No entanto, ele reconheceu a vantagem estratégica do F-35, com sua tecnologia stealth. Se a disputa fosse real, disse ele, o caça norte-americano provavelmente o teria abatido além do alcance visual, sem que ele sequer soubesse da sua presença.
O dogfight foi organizado sem que os pilotos soubessem de antemão com quem lutariam, o que adicionou um elemento de surpresa à competição. Pearce relatou que, ao avistar o Eurofighter no céu, pensou: “Oh, aí está um Eurofighter”. Para Grant, a visão do F-35 tão de perto foi uma novidade, já que ele só havia treinado com outros Eurofighters na Alemanha.
Apesar das capacidades avançadas do F-35, foi o Eurofighter Typhoon que saiu vitorioso no combate simulado, conseguindo se posicionar atrás da aeronave americana e travá-la com seus sistemas de mira. No entanto, as aeronaves não estavam armadas, e a vitória foi puramente simbólica, com base na habilidade de manobra.
A competição também revelou a força do F-35 em combates além do alcance visual. Grant elogiou a capacidade da aeronave norte-americana de eliminar alvos sem precisar se envolver em batalhas corpo a corpo. O F-35, com seus sistemas avançados, tem a vantagem de neutralizar oponentes à distância ou coordenar ataques em conjunto com outras aeronaves no campo de batalha.
Os desafios de um combate aéreo foram um dos pontos destacados pelos pilotos. Pearce comentou sobre as extremas condições físicas que os pilotos enfrentam durante um dogfight, com manobras de alta velocidade que impõem grandes forças G sobre os corpos dos pilotos, especialmente no pescoço, enquanto tentam manter o controle e a visão do adversário.
O evento atraiu mais de 30 jatos de nove países aliados da OTAN, incluindo Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Países Baixos, Noruega, Reino Unido e Estados Unidos. A competição foi realizada na Base Aérea de Ramstein, que abriga o comando aéreo aliado da OTAN, consolidando o espírito de cooperação e treino entre as forças aéreas dos países membros.
A competição não apenas fortaleceu os laços entre as forças aéreas da OTAN, mas também proporcionou aos pilotos a chance de entender as particularidades dos equipamentos aliados, elevando o nível de preparação e prontidão em situações reais de combate.
Com informações de: Businessinsider