Arma secreta brasileira: tão poderosa como a de Hiroshima! A Serra do Cachimbo abriga um segredo das Forças Armadas do Brasil. Durante o mandato de José Sarney, o acordo de troca de tecnologias com a Alemanha veio à tona. Essa parceria visava inserir o Brasil no seleto clube das nações nucleares, mas seu caráter secreto gerou controvérsias.
No início, o governo afirmava que o local serviria apenas como depósito de lixo atômico. No entanto, Sarney revelou que o verdadeiro objetivo era testar uma bomba atômica. A notícia gerou surpresa e preocupação, especialmente devido à aproximação com a Argentina. Ambos os países negavam estar na corrida nuclear, mas colaboravam secretamente.
ÁREA 51 DO BRASIL: A Busca pela bomba atômica brasileira: Operações secretas na Serra do Cachimbo
O Programa Nuclear Brasileiro e seus objetivos
Sarney descreveu como foi informado pelo Conselho de Segurança Nacional sobre o campo de provas. A existência desse projeto atômica herdado dos militares, era um segredo sensível das Forças Armadas. O motivo seria a execução do Acordo nuclear Brasil-Alemanha, assinado em 1975 pelo presidente Ernerto Geisel. A surpresa foi grande, e o presidente determinou que o buraco fosse lacrado, anunciando que seria usado para lixo nuclear.
A tensão aumentou quando a Folha de São Paulo divulgou, em 1986, a existência de covas revestidas de cimento para testes nucleares. O programa nuclear brasileiro das Forças Armadas começou a ser revelado. Cisternas de 320 metros de profundidade eram parte das instalações. Publicamente, só após o mandato de Sarney, em 1990, ele admitiu o uso para bombardeios.
Acordo nuclear Brasil-Alemanha: Parceria entre Forças Armadas
O local escolhido pelas Forças Armadas, a Serra do Cachimbo, passou por estudos geológicos e hidrológicos desde 1981. A região foi considerada segura para os testes. A iniciativa partiu do Centro Técnico Aeroespacial, ligado ao Ministério da Aeronáutica, e visava executar o Acordo Nuclear Brasil-Alemanha.
O tratado, assinado em 1975 pelas Forças Armadas, buscava transferir tecnologias nucleares, incluindo a construção de oito reatores no Brasil. No entanto, a interferência dos Estados Unidos impediu a transferência de tecnologia alemã para enriquecimento de urânio. O Brasil teve que desenvolver um sistema próprio.
Revelação da bomba atômica das Forças Armadas brasileira na Serra do Cachimbo atrapalhou os planos do governo
Dos oito reatores planejados pelas Forças Armadas brasileira, apenas dois foram concluídos até hoje, ambos em Angra dos Reis. A construção de um terceiro foi interrompida. Além dos testes nucleares, a Serra do Cachimbo seria usada para armazenar lixo atômico produzido em Angra. As adaptações começaram, com previsão de conclusão para 1991.
Entretanto, a revelação do programa nuclear das Forças Armadas atrapalhou os planos do governo. Em 1988, o Senado pediu uma comissão para investigar a Serra do Cachimbo, mas a solicitação foi barrada. O desenvolvimento nuclear brasileiro enfrentou obstáculos políticos e externos.
Durante o mandato de Fernando Collor de Mello, o programa das Forças Armadas foi encerrado. O presidente visitou a Serra, inspecionando o fechamento da base e vedando os buracos de explosão. Simbolicamente, ele jogou uma pá de cal sobre o buraco, marcando o fim do projeto nuclear.
Impactos e desdobramentos do Programa Nuclear das Forças Armadas brasileira
Mesmo com o fim do projeto das Froças Armadas, a história da Serra do Cachimbo e seu papel no programa nuclear brasileiro permanece um capítulo importante da história do país. A tentativa de desenvolver uma bomba atômica e a colaboração com a Alemanha são lembrados como momentos cruciais. A base, hoje desativada, representa um período de ambição e controvérsia. A narrativa de Sarney, os acordos secretos e os desafios enfrentados refletem a complexidade do programa nuclear brasileiro. A Serra do Cachimbo continua sendo um marco na busca do Brasil por se tornar uma potência nuclear.
A memória do programa nuclear das Forças Armadas brasileira, na Serra do Cachimbo, é uma lembrança duradoura dos esforços do Brasil para se posicionar no cenário global. As decisões tomadas durante esse período ainda ecoam na política nuclear e nas relações internacionais do país. A Serra do Cachimbo permanece um símbolo do passado nuclear do Brasil. Os desafios e as controvérsias enfrentadas mostram a determinação do país em alcançar a tecnologia nuclear, apesar dos obstáculos. A história continua a ser estudada e discutida, refletindo a importância do programa nuclear brasileiro.