A operação militar de Israel no sul do Líbano, que inicialmente tinha como objetivo desmantelar a infraestrutura do Hezbollah, se transforma em uma das maiores ofensivas do Oriente Médio nos últimos 20 anos, deixando um rastro de destruição e colocando a região em estado de alerta.
Nas últimas semanas, o conflito entre Israel e o Hezbollah escalou significativamente, com a ampliação da ofensiva terrestre israelense no sul do Líbano. A mobilização de uma quarta divisão israelense aumentou o número de tropas na região para cerca de 60.000 combatentes, sinalizando uma clara intensificação das operações militares.
A operação, chamada “Flechas do Norte”, foi planejada inicialmente para incursões localizadas com o objetivo de enfraquecer a infraestrutura militar do Hezbollah. No entanto, os recentes bombardeios no sul e no leste do Líbano, juntamente com ataques aéreos sobre Beirute, indicam que Israel pode estar se preparando para uma ofensiva de maior escala.
O Hezbollah, amplamente considerado o mais bem armado dos grupos apoiados pelo Irã na região, tem lançado milhares de foguetes e drones contra alvos israelenses. A morte de Hassan Nasrallah, líder histórico do grupo, em um ataque aéreo israelense, acirrou ainda mais os combates, com o Hezbollah mantendo sua ofensiva.
A escalada do conflito também aumenta as preocupações sobre um possível envolvimento direto do Irã. Recentemente, o país lançou o maior ataque de mísseis balísticos em apoio ao Hezbollah, enquanto as tensões com Israel continuam a crescer. O risco de uma intervenção iraniana direta no conflito permanece alto.
Com o aumento do número de civis libaneses mortos e a contínua destruição no país, a crise humanitária se agrava. Mais de um milhão de pessoas já foram deslocadas, enquanto a ONU faz apelos por um cessar-fogo, até o momento sem sucesso.
Com informações de: Hoje no mundo militar