A Ternium, uma das maiores siderúrgicas do Brasil, acaba de dar um passo estratégico importante ao migrar para o mercado livre de gás natural, tornando-se a terceira empresa do setor siderúrgico no Rio de Janeiro a adotar essa prática. O contrato, firmado com a Petrobras, envolve o fornecimento de aproximadamente 100 mil metros cúbicos de gás natural por dia. Esse movimento reflete uma tendência crescente entre as indústrias brasileiras de buscar maior competitividade e alinhamento com as metas de descarbonização. Vamos entender os detalhes dessa transação e seu impacto no mercado de gás natural.
O contrato assinado entre a Ternium e a Petrobras, anunciado no início de outubro, é um marco na estratégia da siderúrgica para se consolidar como uma das líderes em inovação e sustentabilidade no setor. Com o fornecimento de 100 mil m³/dia de gás natural, a Ternium segue o exemplo de outras grandes empresas do setor, como Gerdau e CSN, que também aderiram ao mercado livre recentemente.
Projetos relacionados à descarbonização e impacto ambiental
A Petrobras, por sua vez, vê essa parceria como uma oportunidade de ampliar sua participação no mercado de gás e desenvolver sinergias com a Ternium em projetos relacionados à descarbonização. Isso alinha os interesses de ambas as empresas com a agenda global de redução de emissões de carbono, fator essencial para o futuro da indústria siderúrgica.
Crescimento do mercado livre de gás no Rio de Janeiro
A Ternium é agora a terceira empresa no estado do Rio de Janeiro a migrar para o mercado livre de gás, juntando-se a Gerdau e CSN, que já estão operando nesse modelo. O Rio de Janeiro, hoje, consome quase 1,7 milhão de metros cúbicos de gás por dia, o que representa 23% do consumo total do mercado não-termelétrico da Naturgy, a distribuidora local.
A Gerdau, que migrou em junho deste ano, assinou um contrato de 168 mil m³/dia com a Petrobras, enquanto a CSN, maior consumidora do estado, contratou impressionantes 1,390 milhão de metros cúbicos por dia em um acordo que envolveu, além da Petrobras, as empresas Shell e Galp. Esses números indicam o apetite das grandes indústrias por contratos no mercado livre, que promete maior flexibilidade e melhores condições comerciais.
Contrato firmado entre Ternium e Petrobras cria perspectivas para o futuro do mercado livre de gás
De acordo com o gerente executivo de gás e energia da Petrobras, Álvaro Tupiassu, o mercado livre de gás natural está em franco crescimento e deve continuar a se expandir nos próximos anos. Segundo ele, a abertura desse mercado já mostra um desenvolvimento significativo, mesmo que ainda esteja em seus estágios iniciais. O número de indústrias no mercado livre mais que dobrou em 2024, e há uma expectativa de que mais empresas sigam esse caminho.
Futuro do mercado de gás no Brasil parece promissor em diversos segmentos
Um exemplo é a Braskem, que se prepara para entrar no mercado livre por meio de sua comercializadora Voqen, reforçando a tendência de expansão desse modelo. Além disso, a recente migração do Grupo Ceral, do setor de cerâmicas em São Paulo, é outro indicativo de que o ambiente livre de gás está atraindo empresas de diversos segmentos industriais.
Com todas essas movimentações, o futuro do mercado de gás no Brasil parece promissor, e a entrada de players como a Ternium reforça a importância dessa transição para um setor mais competitivo e alinhado com as metas ambientais do nosso planeta.