Você sabia que uma das forças mais estratégicas e sigilosas do Exército Brasileiro ganhou uma nova e poderosa unidade de elite? A criação da 2ª Companhia de Precursores Paraquedista da 12ª Brigada de Infantaria Aeromóvel marca um momento histórico para as Forças Armadas, revolucionando as operações militares no Brasil.
Este novo grupo especial está preparado para atuar nas missões mais perigosas e desafiadoras, infiltrando-se nas linhas inimigas para garantir o sucesso das operações de assalto aeromóvel. Quer saber como essa tropa pode mudar o rumo de batalhas? Continue lendo e descubra!
Exército Brasileiro criou uma letal 2ª Companhia de Precursores Paraquedistas em SP
No dia 17 de julho, a 12ª Brigada de Infantaria Leve Aeromóvel, uma das Forças de Emprego Estratégico do Exército Brasileiro, sediada em Caçapava, interior de São Paulo, passou a contar com sua própria Companhia de Precursores Paraquedista.
Até então, as complexas operações de precursores, tão necessárias precedendo os assaltos aeromóveis, que são realizados com assalto rápido de tropas transportadas por helicópteros, e aeroterrestres, que são realizadas com lançamento de paraquedistas, eram, no caso da Brigada Aeromóvel, realizadas pela tradicional Companhia de Precursores Paraquedista do Rio de Janeiro, subordinada à Brigada de Infantaria Paraquedista.
Esta dependência da Brigada Aeromóvel pela especialidade de precursores paraquedistas para realizar as suas operações, e o modo de emprego em terreno tão semelhante ao da Brigada de Infantaria Paraquedista, mudando praticamente apenas o meio de transporte, um entrelaçamento doutrinário entre as duas tropas. Isso já acontece nas maiores tropas aerotransportadas do mundo, como as da Rússia e dos Estados Unidos.
Brigada de Infantaria Aeromóvel ganha autonomia com nova tropa de precursores paraquedistas
Para encerrar essa dependência da especialidade de precursores e aperfeiçoar sua doutrina de emprego, a Brigada de Infantaria Aeromóvel passou a contar com sua própria tropa de precursores paraquedistas. A solenidade de incorporação do Núcleo da 2ª Companhia de Precursores à Brigada Aeromóvel foi realizada no Forte Ipiranga, sede do 6º Batalhão de Infantaria Leve (6º BIL), subordinado à Brigada Aeromóvel e também sediado em Caçapava.
A solenidade contou com a presença do Comandante do Exército, General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, que é precursor paraquedista. Durante a formatura, o General Tomás informou que, ainda como consequência do aperfeiçoamento da doutrina de emprego, a 12ª Brigada de Infantaria Leve Aeromóvel passará a se chamar apenas Brigada de Infantaria Aeromóvel.
Exército Brasileiro avança na implantação da 2ª Companhia de Precursores e realiza primeiras operações
Em 2023, por intermédio do Planejamento Estratégico 2024-2027, o Exército Brasileiro decidiu implantar uma Companhia de Precursores na Brigada de Infantaria Aeromóvel. O Núcleo da 2ª Cia Prec foi criado em maio de 2024, sob o comando do Capitão de Infantaria Filipe Lomba Resende, com a movimentação de alguns oficiais e sargentos especializados com o duríssimo curso de precursor paraquedista, que serviam na Guarnição do Rio de Janeiro, para a Guarnição de Caçapava. Também ocorreu a formação dos primeiros cabos e soldados paulistas no curso de Auxiliar de Precursor, com apoio da Companhia de Precursores Paraquedista do Rio de Janeiro.
No período de 2 a 8 de junho, durante a Operação Aratu 9, ocorreu o primeiro emprego operacional do Núcleo da 2ª Cia Prec em um exercício militar. Sua equipe de precursores operou uma Zona de Pouso de Helicópteros e realizou ações de Inteligência, Reconhecimento Especializado, Vigilância e Aquisição de Alvos em proveito da Força-Tarefa Aeromóvel Itororó.
A fundação da 2ª Cia Prec também deve extinguir, na Brigada Aeromóvel, uma especialidade que vinha sendo utilizada com certa limitação nas missões de infiltrar-se nas retaguardas inimigas para balizar os assaltos aeromóveis: o Pel Rec (Pelotão de Reconhecimento).
Precursores paraquedistas: a nova força de elite do Exército Brasileiro capaz de realizar infiltração sigilosa nas retaguardas inimigas, por via aérea, terrestre ou marítima
A incorporação dos precursores à Brigada Aeromóvel representa um marco para o Exército Brasileiro, à luz dos novos conceitos de emprego da Força Terrestre, especialmente em cenários complexos e de alta intensidade. Os precursores paraquedistas têm como missão precípua realizar uma infiltração sigilosa nas retaguardas inimigas, por via aérea, terrestre ou marítima, muitas vezes descaracterizados, para realizar uma missão de reconhecimento especial com o objetivo de selecionar e balizar uma zona de pouso de helicópteros ou de lançamento de paraquedistas, poucos dias antes do próprio assalto aeromóvel ou aeroterrestre. Isso visa garantir que helicópteros e aviões transportando a infantaria possam chegar em segurança e maximizar as chances de sobrevivência da tropa nas retaguardas inimigas.
Essas operações de precursores, que já reúnem todos os elementos característicos de uma operação especial, podem, se necessário, desenvolver-se para outros tipos de operações tipicamente especiais. A mais provável seria uma ação de comandos que precederia o chamado pouso de assalto. Nessa operação, os precursores se infiltrariam sigilosamente e de forma rápida, surpreendendo o inimigo, para tomar de assalto um aeródromo em posição estratégica, permitindo que aviões e helicópteros aliados pudessem pousar em segurança, trazendo a infantaria aeromóvel ou paraquedista, que, a partir dali, defenderia aquela cabeça de ponte aérea.
Se necessário, operações de guerra eletrônica ou de sabotagem também poderiam ser realizadas pelos precursores em radares, baterias de artilharia antiaérea e aviões de caça inimigos ainda no solo, para garantir a segurança dos helicópteros e aviões que trariam a tropa de infantaria ao território inimigo. Isso poderia até mesmo evoluir para uma ação de comandos para destruir esses alvos, poucas horas antes do assalto.
Os precursores também estão aptos a realizar outros tipos de operações tipicamente especiais, como operações de guia aéreo avançado. Por exemplo, eles poderiam iluminar com sensores uma importante ponte na retaguarda inimiga para que um caça bombardeiro da FAB ou um lançador de mísseis, como o Astros 2020 da Artilharia do Exército, a destrua, impedindo um contra-ataque de tropas blindadas inimigas contra a infantaria operando isolada.
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