O governo do Paraguai, comandado por Santiago Peña, e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinaram um contrato de empréstimo de R$ 600 milhões (aproximadamente US$ 101,6 milhões) na última segunda-feira, 18, durante a Cúpula de Líderes do G20. O recurso será utilizado para a aquisição de seis aviões de ataque A-29 Super Tucano, fabricados pela brasileira Embraer. Este é um dos maiores investimentos do país vizinho na modernização de sua defesa aérea.
Reforço aéreo e combate ao narcoterrorismo
A compra das aeronaves faz parte de um ambicioso plano de Peña para modernizar as forças armadas paraguaias. Segundo o presidente, o objetivo é “recuperar o controle do espaço aéreo do Paraguai e enfrentar com firmeza o narcoterrorismo”. A aquisição inclui um pacote completo: kits de voo, sistemas de armas, equipamentos para operações noturnas, suporte logístico por um ano, treinamento para pilotos e mecânicos, além de um representante técnico da Embraer.
As aeronaves, que receberão as matrículas de 1101 a 1106, têm entrega prevista para maio de 2025. O custo total do contrato é de US$ 96,6 milhões, sendo o excedente do financiamento destinado a outros investimentos no setor de defesa.
Cooperação estratégica Brasil-Paraguai
O empréstimo do BNDES é mais do que um negócio financeiro. Ele fortalece a indústria nacional brasileira e intensifica os laços diplomáticos entre os dois países. Além disso, demonstra a relevância da Embraer como fornecedora global de equipamentos de alta tecnologia para defesa.
Peña reforçou o impacto da parceria: “Esta decisão reflete nosso compromisso inabalável com a segurança e a soberania nacionais. Não vamos desistir desta luta”.
Dinheiro para modernização
O investimento faz parte de um plano mais amplo de US$ 500 milhões para fortalecer as forças de segurança do Paraguai, abrangendo melhorias na Marinha, Exército e Polícia Nacional. Com isso, o governo paraguaio avança no combate ao crime organizado, ao mesmo tempo em que impulsiona uma cooperação estratégica com o Brasil.
Com informações de Zona Militar