A bancada do Psol na Câmara dos Deputados deu entrada no STF com um pedido de prisão preventiva contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o general Walter Braga Netto (PL). Esse requerimento baseia-se, principalmente, em informações reveladas pela Operação Contragolpe, da Polícia Federal (PF), que revelou um plano para um golpe de Estado.
O objetivo desse golpe seria impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, o que configura uma tentativa de desestabilização do processo democrático. Assim, as evidências indicam uma trama envolvendo figuras de destaque no cenário político nacional.
Operação contragolpe e o plano de golpe de estado
De acordo com a Polícia Federal, uma das etapas do golpe de Estado envolvia a execução de figuras chave da República, incluindo o assassinato do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Lula e do vice Alckmin. Parte desse esquema foi supostamente arquitetada em um encontro na casa de Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e uma das figuras centrais do golpe.
O documento protocolado pela bancada do Psol revela detalhes de como a reunião, inicialmente descrita como simples, poderia ter resultado em ações devastadoras. De acordo com o texto, “o grupo chegou a se posicionar nas ruas de Brasília para uma ‘ação clandestina’, com alvo no ministro Alexandre de Moraes”. A deputada Erika Hilton, líder do Psol, afirmou que as evidências apontam para uma organização criminosa com o intuito de planejar assassinatos de altas autoridades.
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Ação da Polícia Federal: Prisões e medidas cautelares
A operação da PF, com alvos envolvidos no suposto golpe, resultou em cinco mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão e 15 medidas cautelares. Essas medidas incluem a proibição de contato entre investigados e a entrega de passaportes em 24 horas, além de impedir que saiam do país.
As ações da Polícia Federal ocorreram em estados como Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e o Distrito Federal, abrangendo uma vasta área nacional. Como resultado, a operação destaca a abrangência e a intensidade das investigações em andamento.
Investigados incluem militares de confiança de Bolsonaro
A lista de investigados inclui pelo menos quatro militares, como o general Mario Fernandes, aliado de Bolsonaro, e o policial federal Wladimir Matos Soares. “As lideranças desse grupo ainda estão livres e podem promover mais crimes, prejudicando as investigações”, alerta Erika Hilton, destacando que não podem continuar soltos.
Com isso, a bancada do Psol reforça a urgência de medidas severas para conter qualquer tentativa de golpe e assegurar a justiça no país.