A Ares Aeroespacial e Defesa, já conhecida por sua atuação nas Forças Armadas Brasileiras, volta ao centro das atenções. Após firmar em 2017 um contrato de US$ 100 milhões para fornecer sistemas de armas controlados remotamente (RCWS) ao Exército, a empresa, localizada em Duque de Caxias, Rio de Janeiro, foi selecionada para desenvolver o novo sistema de defesa aérea anti-drone. A iniciativa é vista como crucial para enfrentar a crescente ameaça desses equipamentos em conflitos modernos.
Contrato e objetivos
O projeto, fruto de um contrato de outorga publicado em 2024 no Diário Oficial da União, terá duração de 36 meses e contará com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). O objetivo é criar uma solução tecnológica capaz de detectar e neutralizar drones inimigos, cada vez mais utilizados em ações de espionagem e ataques letais.
Desafios na defesa
Conforme destacou o canal Gigantes dos Mares, os drones modernos são pequenos, voam a baixas altitudes e conseguem escapar de radares convencionais. Israel, matriz tecnológica da Elbit Systems, tem demonstrado expertise no enfrentamento dessa ameaça. Em um ataque recente, quase 100% dos drones enviados contra o país foram abatidos por sistemas de defesa avançados. O Brasil busca inspiração nessa abordagem para criar um sistema inovador e eficaz.
Tecnologia e possibilidades
Embora o desenho do sistema brasileiro ainda seja mantido em sigilo, o Gigantes dos Mares especula que ele poderá integrar radares móveis, sistemas de mísseis e até aeronaves como o Super Tucano, adaptadas para interceptações de baixo custo. Especialistas também apontam para a possibilidade de incorporar elementos eletro-ópticos e armas controladas remotamente, áreas em que a Ares já possui expertise comprovada.
A Ares em ação
Desde 2010, a Ares tem contribuído para modernizar as Forças Armadas, fornecendo soluções de vigilância, sistemas navais e armamentos. Além dos RCWS, a empresa foi responsável pela instalação do sistema de vigilância infravermelho Atena em fragatas da Marinha em 2018, consolidando sua relevância no setor.
Com o novo sistema anti-drone, o Brasil busca se posicionar entre os países capazes de enfrentar ameaças tecnológicas crescentes, protegendo suas fronteiras e garantindo a soberania nacional.