O impacto das obras paralisadas vai além das fronteiras de São Paulo. Em 2024, o Brasil conta com mais de 11.944 obras paradas, representando aproximadamente 52% de todos os empreendimentos públicos em andamento. Esses projetos paralisados somam um custo estimado em R$ 110,5 bilhões, o que equivale a mais que o Produto Interno Bruto (PIB) de países como Uruguai ou Croácia. Esse alto custo investimento reflete não só um desperdício de recursos públicos e uma perda de oportunidades de desenvolvimento, impactando áreas essenciais como educação, infraestrutura e saúde.
O Tribunal de Contas da União (TCU) revela que, somente na área da educação básica, mais de 4.000 obras permanecem inacabadas, representando um prejuízo direto para estudantes e famílias em todo o país. Em São Paulo, um levantamento mostra que existem atualmente 734 obras paralisadas ou atrasadas, somando um custo de R$ 31,23 bilhões. Embora a situação financeira seja alarmante, as consequências sociais são ainda mais graves. A população brasileira é diretamente afetada pela falta de acesso a serviços essenciais e pela infraestrutura insuficiente, o que resulta em um menor desenvolvimento econômico e social.
Investimentos inteligentes: como a gestão eficiente impulsiona o desenvolvimento em outros países
Ao comparar a situação brasileira com a de outros países, fica claro o quanto o Brasil ainda pode avançar. Nações como Singapura e Coreia do Sul são conhecidas por sua gestão eficiente de obras públicas, alcançando desenvolvimento acelerado com investimentos inteligentes e uma estrutura de gerenciamento centralizada.
A Coreia do Sul, por exemplo, implementou um sistema de gerenciamento de projetos que permite monitorar cada obra pública em tempo real, facilitando a identificação rápida de problemas e a tomada de ações corretivas. Esse modelo poderia servir como exemplo para o governo brasileiro ao planejar, monitorar e executar as obras públicas.
PAC: a iniciativa do governo federal para retomar obras paralisadas e impulsionar novos projetos
O governo federal, ciente da urgência do problema, lançou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como estratégia para retomar obras paradas e investir em novos projetos. A promessa é de que bilhões de reais sejam injetados na conclusão de obras essenciais e no início de empreendimentos estratégicos. No entanto, para que essa iniciativa tenha sucesso, será preciso um compromisso com a gestão rigorosa e a transparência, aprendendo com os erros do passado e implementando tecnologias que garantam o controle de prazos e qualidade.
Brasil conectado e eficiente: o caminho para infraestrutura sólida e desenvolvimento econômico
Assim, o futuro de um Brasil com infraestrutura eficiente e conectada é possível, mas requer uma ação coordenada entre governo, setor privado e sociedade. Investir em uma infraestrutura sólida e funcional não só melhora a qualidade de vida dos brasileiros e atrair investimentos e promover o desenvolvimento regional, gerando empregos e ampliando as oportunidades econômicas.