Os sistemas de mísseis terra-ar espanhóis MIM-23 HAWK, atualmente estacionados na Polônia, têm transporte programado para a Ucrânia nesta segunda-feira, 25 de novembro. Com essa movimentação, a Espanha reafirma seu compromisso com a defesa aérea da ucraniana, destacando-se como o primeiro país a fornecer mísseis MIM-23 HAWK à Ucrânia, uma contribuição crucial durante o início do conflito em 2022.
Veja também:
- Revelado o comprador misterioso do Su-57: o caça furtivo mais poderoso e avançado da Força Aérea da Rússia
- Exército Britânico revela o protótipo do poderoso Challenger 3: novo tanque militar com blindagem e armamento avançado que detecta, rastreia e neutraliza mísseis
- Operação de resgate com excelência: Fragata F 44 e helicóptero AH-11B da Marinha do Brasil realiza missão a 1200 km da Costa
Defesa Ucraniana: sistemas HAWK modernizados mostram resultados impressionantes
Fontes ucranianas confirmaram a modernização dos sistemas HAWK para a Fase III, tornando-os mais eficientes contra defesa aérea moderna. Embora originalmente desenvolvidos na década de 1950, as atualizações realizadas na década de 1990 garantiram que esses mísseis continuassem relevantes. De fato, a Força Aérea Ucraniana destacou a eficácia do sistema na interceptação de drones Shahed e mísseis de cruzeiro Kh-59.
Conforme relatado por Oleksandr, operador ucraniano, o HAWK tem se mostrado eficiente contra ameaças críticas, incluindo drones e mísseis do Exército da Rússia. “Interceptamos com sucesso mísseis de cruzeiro russos e drones Shahed graças ao sistema HAWK”, enfatizou ele.
O especialista militar Taras Chmut elogiou a confiabilidade do HAWK, afirmando que o sistema apresenta “excelentes resultados na interceptação de mísseis de cruzeiro, mesmo com sua idade”. Essas declarações foram corroboradas por David Anderson, editor do Military.News, que destacou a derrubada de mais de 40 drones Shahed e 14 mísseis de cruzeiro nos últimos meses. Segundo ele, o HAWK permanece uma peça-chave na defesa aérea da Ucrânia.
MIM-23 HAWK: Um sistema de defesa aérea e essencial desde a guerra fria
Projetado pela Raytheon no final dos anos 1950, o MIM-23 HAWK foi desenvolvido para proteger instalações críticas contra aeronaves, drones e mísseisdo Exército. Durante a Guerra Fria, o sistema se tornou essencial nos arsenais de países aliados, incluindo Espanha, Estados Unidos e Japão.
Graças ao seu sistema de radar, o HAWK oferece defesa multicamadas em altitudes e distâncias variadas. Sua capacidade de operação autônoma permite identificar, rastrear e neutralizar ameaças rapidamente. O radar detecta alvos a até 120 km de distância e cobre 18 km de altitude, enquanto os mísseis atingem velocidades de Mach 2,5, com alcance operacional entre 35 e 50 km.
As variantes modernizadas, como o MIM-23E, possuem sensores avançados e maior precisão, ampliando o desempenho em ambientes de alta ameaça. Países como Turquia e Coreia do Sul mantiveram o HAWK em operação, mesmo após a introdução de sistemas mais modernos.
HAWK: da guerra do Vietnã à Ucrânia, um legado de estratégica
Ao longo das décadas, o HAWK desempenhou papéis estratégicos em conflitos como a Guerra do Vietnã, Guerra do Golfo e Guerra do Iraque. Na década de 1990, defendeu a Arábia Saudita contra ataques iraquianos. Já na Ucrânia, o sistema tornou-se essencial para modernizar as defesas aéreas, demonstrando sua relevância contra as crescentes ameaças da Rússia.
Em resumo, os sistemas MIM-23 HAWK continuam a desempenhar um papel vital na proteção das forças ucranianas. Combinando histórico comprovado e modernizações constantes, o HAWK reforça a posição da Ucrânia na defesa contra drones, mísseis de cruzeiro e outras ameaças aéreas.