No dia seguinte à eleição presidencial nos Estados Unidos, Elon Musk participou de uma ligação entre o presidente eleito Donald Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, segundo informações de fontes ligadas ao evento. A chamada, descrita como positiva e cordial, ocorreu em Mar-a-Lago, onde Trump estava acompanhado do bilionário, conhecido por sua influência na política e nos negócios globais.
A ligação, que durou cerca de sete minutos, foi colocada no viva-voz por Trump. Durante a conversa, Zelensky agradeceu Musk por fornecer comunicação via Starlink para as tropas ucranianas, um recurso fundamental na guerra contra a Rússia. Segundo fontes, nenhum tema político foi discutido.
Zelensky havia comentado anteriormente em sua conta na plataforma X, de propriedade de Musk, sobre o telefonema. Ele parabenizou Trump por sua vitória e enfatizou a importância da liderança americana para a paz global. A mensagem reforçou o compromisso de manter o diálogo e a cooperação entre os dois países.
A presença de Musk na ligação gerou questionamentos sobre sua influência no governo que se inicia. O empresário, que foi um dos principais apoiadores da campanha de Trump, investindo mais de US$ 118 milhões em um super PAC pró-Trump, tem sido uma figura controversa na política e na geopolítica internacional.
Desde o início da invasão russa em 2022, o serviço de internet Starlink, da empresa SpaceX, de Musk, desempenhou um papel crucial para as tropas ucranianas. A tecnologia permitiu comunicações em tempo real em regiões onde os combates destruíram redes de telefonia, dando uma vantagem estratégica às forças da Ucrânia.
Entretanto, a relação de Musk com a Ucrânia se deteriorou quando ele expressou frustração com os custos do serviço, e surgiram relatos de que o Starlink estava sendo restringido em regiões estratégicas, como a Crimeia. O Pentágono anunciou em junho de 2023 que assumiria os custos do serviço para evitar maiores conflitos.
Além disso, o papel de Musk na guerra foi alvo de críticas devido a relatos de que ele teria ordenado a desativação do serviço na costa da Crimeia em 2022, temendo uma escalada nuclear caso a Ucrânia atacasse a frota naval russa. A informação foi revelada em uma biografia do empresário e gerou debates sobre seu envolvimento direto no conflito.
As interações de Musk com líderes estrangeiros, incluindo o presidente russo Vladimir Putin, também levantaram preocupações de segurança nacional nos Estados Unidos. Relatórios indicam que Musk e Putin tiveram contato regular desde o final de 2022, discutindo temas como tecnologia e tensões geopolíticas.
Autoridades americanas demonstraram preocupação com possíveis implicações de segurança, considerando os contratos de Musk com a NASA e o Departamento de Defesa dos EUA. Essas parcerias podem ter exposto o bilionário a informações sensíveis, aumentando os riscos de segurança.
Em resposta às acusações, Musk afirmou que sua empresa nunca ativou o serviço Starlink na Crimeia e que recebeu um pedido de emergência do governo ucraniano para disponibilizar o recurso na região, o que ele recusou devido aos riscos envolvidos.
Com a vitória de Trump e as incertezas sobre o futuro do apoio dos EUA à Ucrânia, o papel de Musk na administração e no cenário internacional segue como um ponto de interesse e debate. Essa é uma história em desenvolvimento, e novos detalhes podem emergir nos próximos dias.
Com informações de: Edition