Foi iniciada a construção da terceira Fragata Classe Tamandaré, com recursos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma boa notícia para o setor naval brasileiro, especialmente após o momento de incerteza vivido pelas Forças Armadas com o anúncio de cortes no orçamento. O projeto é visto como uma compensação frente às perdas que a Marinha vem sofrendo com a redução de investimentos e novas restrições à vista.
No último dia 13 de novembro, a Marinha do Brasil e a Sociedade de Propósito Específico (SPE) Águas Azuis deram início à construção da Fragata Cunha Moreira (F202) com o corte da primeira chapa de aço no estaleiro thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul, em Itajaí (SC). A embarcação, terceira de quatro previstas pelo Programa Fragatas Classe Tamandaré (PFCT), homenageia o Almirante Luís da Cunha Moreira, o Visconde de Cabo Frio, fundamental na formação da primeira Esquadra do Brasil.
Com previsão de gerar cerca de 23 mil empregos ao longo de sua construção (incluindo diretos, indiretos e induzidos), o projeto destaca-se pelos altos índices de conteúdo local e pela capacitação de empresas brasileiras para desenvolver tecnologias avançadas no setor naval. Além disso, a iniciativa do PAC para a indústria de defesa busca garantir a nacionalização de sistemas e a modernização contínua dos recursos empregados ao longo do ciclo de vida das embarcações.
A primeira fragata, a Tamandaré (F200), já flutua e se encontra em fase de testes. A segunda, a Jerônimo de Albuquerque (F201), passou pelo batimento de quilha em junho de 2024 e deverá ser lançada ao mar em agosto de 2025. Esse marco de três fragatas sendo construídas simultaneamente é um recorde para a indústria naval brasileira, marcando uma nova era para a defesa marítima nacional.