A Polícia Federal (PF) ouvirá nesta semana o militar tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, preso no Rio de Janeiro, sobre seu envolvimento no esquema para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. Azevedo, que integra o grupo de elite “Kids Pretos” do Exército Brasileiro, é o único suspeito da Operação Contragolpe que ainda não foi indiciado.
As investigações apontam que o plano fazia parte de um Golpe de Estado orquestrado por figuras dentro do governo e das Forças Armadas.
A importância do depoimento de Azevedo nas investigações da PF
O depoimento de Rodrigo Bezerra Azevedo deve fornecer informações cruciais para o andamento das investigações, que visam desmantelar o suposto Golpe de Estado planejado contra as autoridades do país. O depoimento de Azevedo pode fornecer informações cruciais para as investigações sobre o suposto golpe de estado planejado contra as altas autoridades do país.
A PF informou que Bezerra Azevedo fez parte do grupo de elite do Exército Brasileiro, conhecido como “Kids Pretos”. Nesse contexto, ele é o único alvo da operação, deflagrada em 19 de novembro, que ainda não recebeu indiciamento no relatório enviado ao STF.
Além disso, esse fato reforça a importância de seu depoimento para o andamento das investigações. Por conseguinte, a ausência de seu indiciamento até o momento levanta ainda mais questionamentos sobre sua possível participação em atividades ilícitas. A operação, portanto, continua a se desenrolar, e o testemunho de Azevedo pode fornecer informações essenciais para esclarecer os detalhes desse caso.
O depoimento de Azevedo, portanto, deve fornecer elementos cruciais para aprofundar as investigações. Essas investigações, por sua vez, já implicaram figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os ex-ministros Walter Braga Netto e Augusto Heleno.
Além disso, a PF indiciou esses envolvidos por participação em atos de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de Golpe de Estado e formação de organização criminosa.
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O que é o “Kid Preto”
O termo “Kid Preto” se refere a um seleto grupo de militares formados no Curso de Operações Especiais do Exército Brasileiro. Esses militares atuam em missões sigilosas, muitas vezes em ambientes hostis e politicamente sensíveis.
Eles são, portanto, altamente treinados e compõem esse grupo de elite especializado em operações especiais contragolpe, como reconhecimento tático, contraterrorismo e missões de guerra não convencional. O nome “Kid Preto” vem do uso de gorros pretos durante as operações.
O relatório da Polícia Federal (PF) revela que o grupo, que incluía Rodrigo Bezerra Azevedo, se organizava por meio de uma célula denominada “Copa 2022” durante a Copa do Mundo de Futebol no Catar. Foi nesse contexto que os envolvidos, sob a coordenação da Operação Contragolpe, discutiram o plano de execução contra as altas autoridades do Brasil, incluindo o presidente, vice-presidente e o ministro do STF.
Reação das Forças Armadas
Na sexta-feira (22), os Clubes Naval, Militar e da Aeronáutica divulgaram uma nota de repúdio. Nesse sentido, criticaram o que consideram um esforço para depreciar as Forças Armadas. No comunicado, intitulado “Entre Crises e Narrativas: A Defesa dos Valores Militares”, os clubes atacaram o sensacionalismo em torno da prisão dos militares suspeitos de envolvimento no plano golpista.
Além disso, publicaram a nota nas redes oficiais dos clubes em 21 e 22 de novembro. Na nota, destacaram a alegação de que a cobertura dos fatos exagerou.
A investigação contragolpe da PF continua a se desenrolar. Os próximos depoimentos podem trazer mais detalhes sobre o suposto golpe, que visava desestabilizar a ordem democrática no Brasil.