O terceiro mandato do presidente Lula enfrenta um cenário desafiador com a vitória de Trump nos EUA. O governo Lula teme que a postura protecionista do republicano intensifique as barreiras comerciais, gerando preocupação no Brasil. Essa situação pode criar incertezas para a economia brasileira, dificultando exportações e afetando a balança comercial.
Essas novas barreiras podem impactar diretamente a economia do Brasil, aumentando as dificuldades de setores estratégicos e colocando em risco a balança comercial do país.
O futuro da economia brasileira: Desafios e oportunidades frente ao protecionismo dos EUA
De acordo com o Global Trade Alert, o Brasil está entre as 14 economias mais vulneráveis a políticas protecionistas dos EUA, sendo uma das mais suscetíveis a restrições comerciais entre 173 países analisados. Durante seu primeiro mandato, Trump priorizou a proteção da indústria americana, e sua reeleição fortalece a expectativa de que ele adote novas medidas para resguardar a competitividade dos EUA frente ao crescimento de potências como China e Índia.
A postura protecionista intensifica a pressão sobre a economia brasileira, que já enfrenta desafios significativos no comércio internacional. Além disso, o país luta com um histórico de volatilidade cambial e concorrência externa, herdado do período liberal dos governos FHC. Atualmente, o Brasil enfrenta uma nova ameaça: a possibilidade de tarifas severas e restrições em setores estratégicos, como o agronegócio e o mercado de commodities.
Agronegócio em perigo: Como as políticas de Trump podem afetar as exportações brasileiras
O agronegócio brasileiro, pilar da economia nacional e fortemente dependente das exportações para o mercado estadunidense, se encontra em uma posição delicada. Caso novas tarifas e restrições sejam aplicadas, o setor pode enfrentar uma redução significativa em sua competitividade.
Segundo projeções da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a balança comercial brasileira deve fechar o ano de 2024 com um superávit de US$ 79,8 bilhões, mas os impactos das políticas de Trump podem alterar drasticamente essa expectativa.
Ameaças externas e respostas internas: Como o Brasil pode superar a instabilidade econômica
A incerteza em relação ao comércio com os EUA não só afeta a balança comercial, mas também pode desencorajar investimentos estrangeiros no Brasil. Esse receio leva à necessidade de ajustes internos, como possíveis cortes de gastos públicos, incluindo benefícios sociais, com o intuito de manter a estabilidade do real frente a uma provável alta do dólar.
Essa medida, por sua vez, gera reflexos políticos e pode afetar a popularidade do governo Lula, além de prejudicar o crescimento econômico. Para enfrentar ameaças, o Brasil deve diversificar parceiros comerciais, explorando mercados alternativos como União Europeia, Ásia e China.
Aproximação com os BRICS e o Cinturão e Rota, liderado pela China, pode reduzir dependência do dólar e fortalecer presença brasileira globalmente.