Elon Musk, o bilionário fundador da Tesla e atual proprietário da plataforma X (antigo Twitter), fez um alerta preocupante sobre a trajetória da economia norte-americana. Em meio à crescente dívida nacional de US$ 35 trilhões e déficits anuais de US$ 2 trilhões, Musk declarou que o crescimento da dívida pública dos Estados Unidos é “insustentável”. O comentário foi publicado na plataforma X, em resposta a um tweet do senador Rand Paul, que classificou a situação fiscal dos EUA como um desastre iminente.
A declaração de Musk ocorre em um momento de intensa valorização no mercado de criptomoedas. O bitcoin, maior criptomoeda do mundo, atingiu novos patamares de preço, mas foi superado pelo dogecoin, uma moeda digital inspirada em memes e amplamente apoiada por Musk. A criptomoeda teve uma valorização expressiva nas últimas semanas, impulsionada por discussões em torno da criação do Departamento de Eficiência Governamental, informalmente apelidado de “Doge” por Musk.
A proposta, segundo Musk, poderia economizar até US$ 2 trilhões em gastos públicos, aliviando a pressão sobre as contas do governo. A ideia reflete a associação direta entre o nome “Doge” e o dogecoin, que Musk frequentemente chama de sua criptomoeda favorita. A Tesla, inclusive, já aceita dogecoin como forma de pagamento, reforçando o vínculo entre a empresa e o ativo digital.
O debate sobre o papel das criptomoedas na economia norte-americana também ganhou força com declarações recentes de Donald Trump. O ex-presidente dos EUA e atual presidente eleito sugeriu que o bitcoin poderia ser usado para saldar a dívida nacional. Em tom descontraído, Trump afirmou que bastaria “entregar um cheque em bitcoin” para resolver a situação fiscal. Apesar do tom humorístico, Trump prometeu criar uma reserva estratégica nacional de bitcoin, prevendo que a criptomoeda poderia superar o valor de mercado do ouro.
Essa estratégia foi amplamente discutida durante o evento Bitcoin 2024, no qual Trump também previu uma valorização histórica da criptomoeda. A proposta de criar uma reserva nacional foi recebida com ceticismo por economistas, mas trouxe novo fôlego ao mercado, que já vinha em alta. O bitcoin recentemente ultrapassou seu recorde anterior de preço, enquanto rumores de adoção estatal por uma “nação-secreta” alimentaram ainda mais o otimismo no setor.
O senador Rand Paul, que há anos defende o uso de criptomoedas, também reacendeu a discussão sobre o futuro do dólar como moeda de reserva global. Paul afirmou que a confiança no dólar vem sendo corroída por décadas de excesso de gastos e vigilância governamental. Sua campanha presidencial em 2015 foi a primeira a aceitar doações em bitcoin, o que o posicionou como um dos principais defensores da tecnologia blockchain no Congresso.
Além das criptomoedas, o aumento da dívida dos EUA é atribuído a medidas de estímulo econômico adotadas durante a pandemia de Covid-19. Esses pacotes, embora necessários para evitar uma recessão, desencadearam inflação recorde, forçando o Federal Reserve a adotar uma política agressiva de aumento de juros. Essas condições pressionaram ainda mais o orçamento federal, ampliando o déficit.
A visão de Musk de que os EUA estão “à beira da falência” ganhou tração entre entusiastas de criptomoedas e apoiadores da política fiscal conservadora. Bilionários como Mark Cuban chegaram a brincar com a ideia de armazenar dogecoin no Tesouro dos EUA, destacando o impacto cultural e financeiro da criptomoeda.
Enquanto isso, Musk continua promovendo o dogecoin como um ativo de valor e uma ferramenta para eficiência governamental. A recente valorização da moeda elevou seu valor de mercado, dobrando em relação ao mês anterior, impulsionada pelo suporte público de Musk e por sua adoção por empresas como a Tesla.
Com o cenário econômico global em rápida transformação, o debate sobre o uso de criptomoedas para resolver problemas fiscais tradicionais parece apenas estar começando. Embora as propostas de Musk e Trump sejam vistas com cautela por especialistas, elas estão moldando uma nova narrativa sobre o futuro das finanças públicas nos Estados Unidos.
Com informações de: Forbes