O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, celebrou o que interpretou como apoio implícito do Brasil após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a soberania venezuelana. Segundo o presidente do Brasil, em entrevista à rede nacional, Lula afirmou que não cabe ao Brasil questionar a Suprema Corte da Venezuela, gesto que Maduro enxerga como uma aceitação tácita de sua permanência no poder até 2031.
As tensões entre Brasil e Venezuela aumentaram após uma série de declarações agressivas por parte do governo chavista. Entre elas, destaca-se a insinuação de que o Brasil pratica “agressão descarada e grosseira” contra Maduro, além de ameaças veladas na fronteira e provocações diretas contra o presidente brasileiro.
Provocações na fronteira e riscos à segurança territorial brasileira
Além das declarações, Maduro intensificou a mobilização militar na fronteira com o Brasil e reforçou a presença de caças e mísseis na região, aumentando a preocupação com a segurança territorial. O ditador também mencionou a cidade brasileira de Pacaraima como possível alvo de expansão, devido à grande presença de imigrantes venezuelanos.
A postura do governo brasileiro tem sido criticada por opositores e analistas, que veem o silêncio de Lula como uma demonstração de fraqueza ou conivência. Mesmo após ofensas públicas, a resposta brasileira foi moderada, com o Itamaraty emitindo notas diplomáticas de desagrado, mas evitando qualquer escalada nas tensões.
Postura passiva pode comprometer estabilidade e soberania regional
Enquanto isso, Maduro continua buscando apoio de aliados estratégicos, como Rússia e China, fortalecendo sua posição na região. A ausência de uma postura firme por parte do Brasil pode comprometer o equilíbrio de poder na América do Sul, gerando preocupações sobre possíveis conflitos futuros.
O cenário deixa clara a urgência de uma política externa mais assertiva para lidar com as ameaças vindas da Venezuela. O silêncio brasileiro pode trazer implicações de longo prazo para a estabilidade regional e a soberania nacional.
Com informações de: Vida no quartel