Um alto responsável da presidência dos EUA afirmou à agência de notícias Associated Press (AP) que a Ucrânia não está mobilizando nem treinando novos soldados suficiente para enfrentar o conflito atual. Esse alerta de um oficial anônimo destaca a urgência da situação no país invadido pela Rússia. Neste momento, a principal necessidade é de mão de obra militar.
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EUA aconselha a recrutar mais militares na Ucrânia
Os russos, de fato, estão fazendo progressos consistentes no leste, empurrando as linhas ucranianas para trás em regiões como Kursk. Assim, a mobilização e um aumento na força de trabalho podem fazer uma diferença significativa no campo de batalha.
Em outubro, a Ucrânia rejeitou a ideia dos EUA de baixar a idade de recrutamento devido a preocupações demográficas. Apesar da pressão para recrutar mais soldados militares, essa proposta não avançou por falta de apoio suficiente dentro do país. Numa entrevista, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, enfatizou que não existiam planos nesse sentido e que essa medida “seria perigosa” para o país.
A preocupação dos ucranianos com o recrutamento em meio à guerra
EUA já destinou mais de 56 bilhões de dólares em ajuda à segurança da Ucrânia desde o início da invasão da Rússia, em fevereiro de 2022. O governo norte-americano planeja continuar enviando suporte financeiro para Kiev antes que o presidente em exercício, Joe Biden, deixe o cargo no próximo janeiro.
O tempo está se esgotando, e a administração Biden, presidente dos EUA, também busca garantir que a Ucrânia tenha o armamento necessário e, ao mesmo tempo, precisa aumentar drasticamente seus efetivos. A mesma fonte alertou que os ucranianos acreditam necessitar de cerca de 160.000 soldados adicionais, embora o governo norte-americano estime que esse número possa ser ainda maior.
Alguns cidadãos ucranianos expressaram sua preocupação com a pressão dos EUA. Reduzir ainda mais a idade mínima de alistamento e afastar mais jovens adultos da força de trabalho pode ter um efeito adverso na economia do país, que já está devastada pela guerra. A complexidade da situação demanda uma abordagem equilibrada, considerando tanto as necessidades militares quanto os impactos econômicos que essas decisões podem provocar.