O submarino Tonelero (S 42) , o terceiro de quatro modelos de propulsão convencional desenvolvidos pelo Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) , alcança um marco crucial em sua trajetória. A partir de quarta-feira, 27 de novembro, o submarino inicia sua primeira navegação de superfície de forma totalmente independente, sem o apoio de rebocadores, na Baía de Sepetiba . Essa etapa, que marca o avanço tecnológico da Marinha do Brasil , será conduzida ao longo de cinco dias e desempenha um papel estratégico na defesa nacional.
Durante esse teste operacional, o Tonelero demonstrará a eficiência de sua propulsão própria, realizando um conjunto de verificações essenciais para consolidar sua capacidade militar e operacional. O retorno ao cais do Estaleiro de Construção (ESC) está previsto para domingo, 1º de dezembro, após o cumprimento rigoroso das atividades planejadas.
Testes essenciais para a Marinha com o Tonelero
Nesta etapa crítica, o submarino Tonelero terá sua tripulação incluída em uma série de atividades para avaliar o desempenho de sistemas essenciais como propulsão, navegação, governo e carregamento de baterias. Esses dados serão fundamentais para preparar o submarino para sua primeira Imersão Dinâmica , que deverá ocorrer no final de janeiro de 2025.
Testes adicionais nos sistemas de combate, comunicação e refrigeração serão reservados para garantir a plena funcionalidade do equipamento antes de sua próxima saída ao mar. Esse rigor técnico reflete o compromisso da Marinha do Brasil em manter a prontidão de suas Forças Armadas , garantindo operações submersas por até cinco dias com total segurança e eficiência.
A realização desses testes ressalta o papel estratégico do PROSUB na modernização da capacidade de defesa militar do Brasil, colocando o país entre as principais potências marítimas do mundo.
Avanços e futuro da força de submarinos
Com a conclusão dessa fase, o Tonelero (S 42) será o mais próximo de alcançar sua plena operação e integração ao Comando da Força de Submarinos da Marinha do Brasil . Nos próximos meses, o foco será o ajuste e a otimização de sistemas, preparando o embarque para missões desafiadoras que fortalecerão a defesa nacional.
Segundo José de Andrade Silva e Neto, Líder de Saídas de Mar da ICN e ex-submarinista, o marco “J9” representa um progresso significativo no projeto do Tonelero . “Ao demonstrar sua capacidade de navegação independente e realizar múltiplos testes com sucesso, o submarino comprova a excelência de sua construção e a competência da equipe envolvida”, destacou Neto.
Esse avanço não é apenas um reflexo da competência tecnológica e estratégica da Marinha do Brasil , mas também uma demonstração do compromisso das Forças Armadas em garantir que o país esteja preparado para defender seus interesses militar marítimos com uma frota de submarinos moderna e eficaz.