No dia 28 de outubro, El Salvador presenciou uma nova investida contra o crime organizado. Comandada pelo presidente Nayib Bukele, a operação reuniu aproximadamente 2 mil soldados do exército e 500 policiais para cercar um bairro nos arredores de San Salvador, com o objetivo claro: desmantelar os últimos vestígios de gangues que ainda resistem no país. Esse cerco representa mais um passo decisivo na guerra contra o crime liderada por Bukele, que visa fortalecer a defesa e a segurança nacional.
Para alcançar o objetivo, Bukele determinou uma estratégia rigorosa, criando uma barreira de segurança ao redor do bairro San Marcos, uma região populosa e alvo de reincidentes ações criminosas. Segundo o presidente, grupos de gangues continuam escondidos na área, tentando retomar seu domínio. Em coletiva, Bukele afirmou que o cerco não será levantado enquanto “até o último membro da gangue não for capturado”. As palavras diretas e a ação rápida visam garantir que o exército, em conjunto com a polícia, seja eficaz em erradicar a presença de gangues.
Em março, outra operação do exército e de policias foi lançada no norte do país
Esse tipo de bloqueio já não é novidade. Em março, outra operação do exército e de policias foi lançada no norte do país, focada em desmantelar a facção Barrio 18, um dos grupos criminosos mais notórios de El Salvador. Dessa vez, no entanto, o cerco de San Marcos mostra uma ofensiva ainda mais estruturada e determinada em capturar líderes e integrantes remanescentes. Ao longo das últimas décadas, as gangues, como Barrio 18 e MS-13, aterrorizavam a população salvadorenha com extorsões e assassinatos, mas Bukele prometeu colocar um fim a esse ciclo de violência.
Após um aumento alarmante nos índices de violência em 2022, o governo declarou estado de emergência e suspendeu direitos constitucionais, permitindo uma onda de prisões que atingiu mais de 1% da população. Com isso, o número de homicídios começou a cair drasticamente, enquanto a popularidade de Bukele aumentava entre os cidadãos que aprovavam a dura postura contra as gangues. O exército de El Salvador tornou-se peça central nesse combate ao lado das forças de segurança locais.
Embora Bukele tenha declarado vitória sobre o crime, o estado de emergência foi prorrogado continuamente, com o presidente justificando que ainda há remanescentes de gangues a serem capturados. Assim, El Salvador segue observando uma transformação profunda em sua defesa, enquanto o exército e a polícia tentam devolver a segurança para toda a população.