Revolução na mineração! Imagine uma nova fronteira para as energias renováveis, onde riquezas inexploradas se escondem nas profundezas de vulcões extintos. Pesquisadores acabam de descobrir que esses antigos gigantes, ricos em ferro, podem abrigar vastas reservas de terras raras, elementos essenciais para a produção de turbinas eólicas e baterias de veículos elétricos. Com a extração dominada pela China, essa descoberta surge como uma oportunidade revolucionária, prometendo mudar o equilíbrio global no mercado de energias renováveis.
O que os cientistas estão revelando pode transformar a mineração para sempre a forma como o mundo obtém esses metais preciosos!
Uma descoberta revolucionária para as energias renováveis: abundantes terras raras em vulcões extintos
Controlada pela China, a extração desses metais é essencial para a mineração e produção de tecnologias renováveis. Pesquisadores propõem estudar vulcões extintos ricos em ferro, como El Laco, no Chile.
A demanda por mineração de terras raras disparou com a produção de turbinas eólicas e outras tecnologias da indústria de energias renováveis. Embora a China detenha o maior depósito mundial, um estudo revelou uma nova fonte abundante desses elementos: vulcões extintos ricos em ferro.
Um estudo publicado na revista Geochemical Perspectives Letters aponta que certos tipos de magma, ricos em ferro e encontrados em vulcões extintos, contêm altas concentrações de mineração de terras raras. Pesquisadores acreditam que essa descoberta pode revolucionar a busca e a extração desses metais, fundamentais para tecnologias renováveis, cuja produção, atualmente, é controlada pela China.
Afinal o que são terras raras?
As terras raras são um grupo de 17 elementos químicos, encontrados naturalmente na forma de óxidos. Embora o nome sugira que sejam extremamente escassas, o verdadeiro desafio está em sua extração, devido à sua ocorrência combinada com outros minerais.
As propriedades únicas das terras raras as tornaram essenciais em diversas tecnologias modernas, como smartphones, veículos elétricos e aerogeradores. Com a transição energética, a demanda na mineração por esses elementos deve aumentar em até cinco vezes até 2030.
Um tiro no pé? Chineses descobrem fonte abundante de mineração de terras raras e põe sua soberania em risco
Um grupo internacional de cientistas, liderado por Shengchao Yan, da Academia Chinesa de Ciências, e Michael Anenburg, da Universidade Nacional da Austrália, simulou erupções vulcânicas em laboratório utilizando uma prensa de pistão-cilindro. Eles descobriram que “a imiscibilidade entre os fundidos de silicato e fosfato de ferro promove o enriquecimento de elementos de terras raras”.
Em outras palavras, um novo tipo de magma rico em ferro pode ser uma fonte abundante desses elementos, especialmente das terras raras mais leves, que se concentram nos fundidos de fosfato de ferro.
“É provável que qualquer rocha rica em fosfato de ferro que tenha experimentado imiscibilidade magmática Fe-Si esteja enriquecida com terras raras leves e deve ser considerada um alvo de exploração”, afirma Shengchao Yan em um comunicado.
Michael Anenburg complementa: “Vulcões extintos ricos em ferro, como El Laco, no Chile, devem ser estudados para confirmar a presença de elementos de terras raras”. Esse tipo de magma é até cem vezes mais eficiente em concentrar esses elementos do que os magmas vulcânicos comuns.
China detém a maior reserva mundial de mineração de terras raras e não vai abrir mão fácil do seu domínio no fornecimento global
As terras raras são essenciais para o desenvolvimento de tecnologias renováveis, fundamentais no combate às mudanças climáticas, mas sua extração está sujeita a uma forte dependência geopolítica. A China detém a maior reserva mundial e domina o fornecimento global dessa mineração. Agora, sabe-se que países com vulcões extintos ricos em ferro podem ter grandes depósitos desses elementos.
A descoberta de que vulcões extintos ricos em ferro podem abrigar grandes concentrações de terras raras representa uma ameaça estratégica ao domínio da China no setor. Embora a pesquisa tenha sido liderada por cientistas chineses, a possibilidade de que outros países com estruturas geológicas semelhantes também possuam esses recursos críticos coloca em risco a soberania chinesa sobre o mercado global de terras raras.
Esse avanço na exploração mineral pode, no futuro, reduzir a dependência mundial da produção chinesa, ampliando a oferta e diminuindo o poderio que a China exerce atualmente sobre as cadeias de suprimentos de tecnologias renováveis.
No entanto, vale lembrar quem assina esse estudo. Tanto a China quanto a Austrália, que também possui grandes reservas de terras raras, já estão se movendo para consolidar suas posições no mercado global.