O Ministério da Defesa informou nesta sexta-feira, 1º de janeiro, que o setor de Defesa do país alcançou um novo recorde de autorizações de exportações de produtos e serviços. Em 2024 já foi alcançada a marca de R$ 9,53 bilhões (US$ 1,65 bilhão de dólares), o melhor índice nos últimos 11 anos.
Atualmente, a indústria de defesa nacional comercializa para cerca de 100 países itens como armamentos leves, munições, armamentos não letais e serviços de engenharia em produtos de defesa. Mas as cerejas do bolo, com 40% de participação nas vendas, são as aeronaves de asa fixa e rotativa.
O próprio Ministério já declarou que o KC-390 e o A-29 Super Tucano são os preferidos do mercado internacional. Até agosto as aeronaves já correspondiam por mais de R$ 2,86 bilhões do montante total (de R$ 8,4 bilhões à época) e tinham como principais importadores Estados Unidos, Dinamarca, Hungria e Portugal.
“A evolução no índice deve-se a fatores como a busca crescente de novas oportunidades comerciais, o potencial competitivo e a capilaridade da Base Industrial de Defesa (BID), que representa 3,58% do Produto Interno Bruto (PIB) e gera 2,9 milhões de empregos diretos e indiretos no país”, afirma o Ministério em comunicado à imprensa.
Heraldo Luiz Rodrigues, secretário de Produtos de Defesa, ressalta que o resultado é fruto de um trabalho constante que vem sendo realizado pelo Ministério da Defesa há muito tempo.
“Buscamos facilitar, junto às empresas, a produção e a exportação. Enfim, oferecemos as condições necessárias para que as empresas possam, efetivamente, vender um produto, produzi-lo com segurança no país e transportá-lo até o seu destino final com toda a garantia envolvida nesse processo”.
A BID tem 252 empresas cadastradas. O portfólio brasileiro é composto por cerca de 1.700 produtos, como aeronaves, embarcações, soluções cibernéticas para proteção de dados, radares, sistemas seguros de comunicação e armamentos, entre outros itens de alta tecnologia.