A vitória de Trump pode trazer algumas consequências significativas para as operações militares e severas para o Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Os aliados do novo presidente apresentaram propostas que podem trazer riscos significativos ao país, como, por exemplo, reverter a redução do uso de combustíveis fósseis pelo Pentágono.
Além disso, há a intenção de enfraquecer ou minimizar os poderes da agência de monitoramento climático do governo. É importante destacar o raciocínio por trás de tudo isso. Agências como a NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica) atuam diretamente na previsão de catástrofes climáticas, como furacões, tufões, secas e ciclones. Atualmente, utiliza 18 satélites com o intuito de monitorar o clima, o gelo e fenômenos atmosféricos, detalhes importantes nas tomadas de decisão das Forças Armadas.
Essas informações são fundamentais para que as Forças Armadas, por meio das operações militares, possam atuar de forma direta na segurança nacional, com a intervenção nas agências que atuam diretamente nas respostas do Pentágono, por exemplo. Já no que se refere à diminuição da iniciativa do Pentágono de usar energia renovável, isso aumentaria a necessidade de uso das energias tradicionais, que, consequentemente, são mais caras e menos seguras.
Prejuízo para operações militares
Frente a outros países, como a China, por exemplo, que investem fortemente em capacidades de previsão climática, com a ação de Trump, o país ficaria aquém dessas informações, segundo o especialista Brendan Owens, do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
Com essa medida, os EUA também estariam em risco, perdendo informações valiosas nos conflitos com a Rússia e a China, criando pontos cegos em situações críticas.
Com isso, o Pentágono precisa fortemente das informações da NOAA para conseguir dados rápidos e precisos, fundamentais nas tomadas de decisões.
Como os aliados de Trump pensam de forma diferente, principalmente em relação à redução do uso de combustíveis fósseis, a tecnologia também seria prejudicada, especialmente o uso de energias alternativas. A propulsão não apenas dependeria do uso de energias renováveis, mas também da realização da transição para veículos elétricos.
Os especialistas também deixam claro que o investimento em energia nuclear traz resiliência e preparação para as operações militares, já que pode ser utilizado em locais remotos ou áreas de difícil acesso, por exemplo. Sobre os veículos elétricos, como mencionado anteriormente, Trump e sua equipe são céticos quanto à eficácia desses veículos em operações militares.
Pontos do Projeto 2025
O projeto foi escrito com um total de 900 páginas. Foi divulgado em abril do ano passado e conta com estratégias e o desejo de ser cumprido até janeiro de 2025.
Além disso, o documento se baseia em quatro objetivos principais, que envolvem: assegurar o direito divino em relação à liberdade individual. Com isso, este ponto garante que as pessoas teriam liberdade pessoal e poderiam usufruir de suas escolhas sem intervenções governamentais excessivas.
Outro ponto é que a intervenção do Estado é vista de forma negativa por Trump, que propõe um governo mais descentralizado e limitado.
Trump também defende a proteção das fronteiras, com uma política de segurança nacional mais severa, principalmente no que se refere ao controle da imigração, com a proposta de financiamento do muro entre o México e os Estados Unidos. A decisão também pontua e destaca a soberania do país frente aos outros países e influências externas, de maneira geral.
Restaurar a família como centro da vida americana também é um dos objetivos. Isso significa, por exemplo, priorizar o papel da família para fortalecer a população, a comunidade e a educação. Além disso, o Projeto 2025 traz outros pontos polêmicos, como a demissão de servidores públicos e o desmantelamento de órgãos importantes, como o Ministério da Educação, por exemplo.
Os servidores públicos, segundo o plano, não teriam mais a estabilidade de antes, podendo ocorrer substituições para cargos indicados politicamente.