A Operação Contragolpe, realizada pela Polícia Federal, revelou um plano alarmante que visava o assassinato de líderes políticos do Brasil, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Com a prisão de cinco suspeitos, sendo quatro militares do Exércio Brasileiro e um agente da Polícia Federal, a operação trouxe à tona detalhes de uma conspiração cuidadosamente planejada.
Os chamados “Kits Pretos” são comparados ao BOPE, mas com uma ênfase em operações de caráter político e de segurança nacional. Este grupo teria utilizado seu treinamento avançado para planejar o ataque, apelidado de “Punhal Verde e Amarelo”, que incluía o monitoramento das rotinas de segurança das autoridades-alvo, entre elas o ministro do STF, Alexandre de Moraes. A intenção era aproveitar momentos de vulnerabilidade, como trocas de guarda, para executar o plano.
Militares do Exército e um agente federal
entre os detidos na operação estão nomes de alta relevância no cenário militar e policial:
- Tenente-Coronel Hélio Ferreira Lima: ex-comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais em Manaus, conhecido por sua atuação em operações estratégicas.
- General da reserva Mário Fernandes: ex-comandante de Operações Especiais do Exército e ex-assessor presidencial no governo Bolsonaro.
- Tenente-Coronel Rafael Martins de Oliveira e Tenente-Coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo: ambos integrantes do grupo de elite militar conhecido como “Kits Pretos”, que realiza missões altamente sigilosas e complexas.
- Vladimir Mato Soares: policial federal lotado na Superintendência Regional do Distrito Federal, também implicado no caso.
Desdobramento da operação tempos verdes pela PF expõe novas provas e conexões
A Operação Contragolpe não surgiu isoladamente. Trata-se de um desdobramento da Operação Tempos Verdes, realizada em fevereiro pela PF, que já investigava suspeitas de golpes contra a democracia. Durante essa fase inicial, foram realizadas buscas, apreensões e até mesmo prisões de alguns envolvidos no esquema atual. A continuidade das investigações foi possibilitada por novos elementos, incluindo arquivos obtidos com Mauro Cid militar do Exército Brasileiro, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
Estratégia para sustentar o governo em meio à instabilidade política
Esses documentos foram fundamentais para detalhar o plano, que, além dos assassinatos, previa a criação de um gabinete de crise com o objetivo de sustentar o governo anterior e gerenciar os impactos institucionais. O esquema era altamente estruturado, revelando um esforço estratégico por parte dos envolvidos para aproveitar um momento de instabilidade política.
Espera pelo fim do sigilo no STF e nas investigações da Polícia Federal
A Polícia Federal já apresentou detalhes preliminares ao Supremo Tribunal Federal, e há uma expectativa de que o sigilo das investigações seja levantado em breve. Isso permitirá um entendimento mais amplo do caso e dará acesso a informações completas sobre o inquérito. As informações disponíveis apontam para um plano complexo e calculado, com possíveis implicações no cenário político e institucional do Brasil. À medida que o caso avança, novas informações devem ser divulgadas, revelando mais sobre a extensão do envolvimento de militares e outros atores na conspiração.